Diabetes mellitus
grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue durante um longo período de tempo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Diabetes mellitus, ou simplesmente diabetes, é um grupo de doenças metabólicas em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo.[6] A elevada quantidade de glicose no sangue pode provocar sintomas, como poliúria (urinar em excesso),[7] polidipsia (sensação excessiva de sede) e polifagia (sensação excessiva de fome), mas também pode ser silenciosa, sem gerar nenhum sintoma.[8] Quando não é tratada, a diabetes pode causar várias complicações.[1] Entre as complicações agudas estão a cetoacidose, coma hiperosmolar hiperglicémico ou morte.[9] Entre as complicações a longo prazo estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, doença renal crónica, úlceras no pé e retinopatia diabética.[1]
Diabetes mellitus | |
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Círculo azul, símbolo universal da diabetes | |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Micção frequente, sede excessiva, fome excessiva[1] |
Complicações | Cetoacidose diabética, coma hiperosmolar hiperglicémico, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, doença renal crónica, úlceras no pé[1][2] |
Tipos | Diabetes do tipo 1, diabetes do tipo 2, diabetes gestacional |
Método de diagnóstico | Níveis elevados de glicose no sangue[1] |
Tratamento | Dieta saudável, exercício físico[1] |
Medicação | Insulina, metformina[1][3] |
Frequência | 415 milhões (8,5%)[1][4] |
Mortes | 1,5–5 milhões/ano[4][5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E10 — E14 |
CID-9 | 250 |
CID-11 | 465177735 |
MedlinePlus | 001214 |
eMedicine | med/546 emerg/134 |
MeSH | D003920 |
Leia o aviso médico |
A diabetes é o resultado quer da produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, quer da resposta inadequada das células do corpo à insulina produzida.[10] Existem três tipos principais de diabetes:[1]
- A diabetes mellitus tipo 1 resulta da produção de quantidade insuficiente de insulina pelo pâncreas. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes insulino-dependente". As causas são desconhecidas.[1]
- A diabetes mellitus tipo 2 tem origem na resistência à insulina, uma condição em que as células do corpo não respondem à insulina de forma adequada.[1] À medida que a doença avança, pode também desenvolver-se insuficiência na produção de insulina.[11] Este tipo era anteriormente denominado "diabetes não insulino-dependente". A principal causa é peso excessivo e falta de exercício físico.[1]
- A diabetes gestacional é a condição em que uma mulher sem diabetes apresenta níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez.[1]
Tanto a prevenção como o tratamento da diabetes consistem em manter uma dieta saudável, praticar regularmente exercício físico, manter um peso normal e abster-se de fumar. Em pessoas com a doença, é importante controlar a pressão arterial e manter a higiene dos pés. A diabetes do tipo 1 deve ser tratada com injeções regulares de insulina.[1] A diabetes do tipo 2 pode ser tratada com medicamentos por via oral como metformina e glibenclamida, com ou sem insulina.[5] Tanto a insulina como alguns medicamentos por via oral podem causar baixos níveis de glicose no sangue.[12] Em pessoas obesas com diabetes do tipo 2, a cirurgia de redução do estômago pode ser uma medida eficaz.[13] A diabetes gestacional geralmente resolve-se por si própria após o nascimento do bebé. No entanto, se não for tratada durante a gravidez pode ser a causa de várias complicações para a mãe e para o bebé.[14]
Estima-se que em 2015 cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo tivessem diabetes.[4] Cerca de 90% dos casos eram diabetes do tipo 2,[15][16] o que corresponde a 8,3% da população adulta.[16] A doença afeta em igual proporção mulheres e homens.[17] Em 2014, a tendência sugeria que a prevalência continuaria a aumentar.[18] A diabetes aumenta pelo menos duas vezes o risco de morte prematura.[1] Entre 2012 e 2015, a diabetes foi a causa de entre 1,5 e 5 milhões de mortes anuais.[4][5] Estima-se que em 2014 o custo económico global da doença tenha sido de 612 mil milhões de dólares.[19]