Economia da Coreia do Norte
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A Coreia do Norte tem uma economia industrializada e altamente centralizada. Dos países socialistas restantes do mundo junto a Cuba, possui uma economia inteiramente planejada pelo governo e militarizada.[1] A economia norte-coreana começou a ficar para atrás da vizinha Coreia do Sul já na década de 1970 e, especialmente quando comparado ao seu vizinho do sul, sua população agora possui um índice elevado de pobreza, com a indústria nacional sendo pequena e um mercado consumidor interno inexpressivo.[2][3]
Devido às sanções internacionais contra o país, realizadas principalmente pela União Europeia e pelos Estados Unidos, a Coreia do Norte possui um comércio internacional muito restrito, dificultando um potencial significativo do crescimento da economia. Apesar de sua localização estratégica no Leste da Ásia, em períodos como entre 2008 e 2011, o país viu um crescimento do PIB negativo, com a economia entrando em recessão novamente a partir da década de 2020.[4][5] A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte. A ideologia Juche (pregando a autossuficiência) resultou no país buscando autarquia em um ambiente de sanções internacionais. O peso das sanções, má gestão e corrupção acabaram deteriorando a economia norte-coreana e gerando casos esporádicos porém acentuados de fome, com altos índices de pobreza e baixo nível de desenvolvimento social.[2][5]
Até 1998, as Nações Unidas publicavam o IDH e o PIB per capita da Coreia do Norte, que se situava em um nível médio de desenvolvimento humano em 0,766 (na 75.º posição) e o PIB per capita de 4 058 dólares.[6] A média salarial é de cerca de 47 dólares por mês.[7] Apesar dos problemas econômicos, a qualidade de vida está melhorando e os salários estão subindo constantemente.[8] Mercados privados de pequena escala, conhecidos como janmadang, existem em todo o país e fornecem à população comidas importadas e determinados commodities em troca de dinheiro, ajudando então a reduzir a grave fome.[9]
A economia da Coreia do Norte é completamente nacionalizada, o que significa que alimentos, habitação, saúde e educação são oferecidos pelo Estado gratuitamente.[10] A cobrança de impostos foi abolida desde 1 de abril de 1974.[11] A fim de aumentar a produtividade da agricultura e da indústria, desde os anos 1960, o governo norte-coreano introduziu inúmeros sistemas de gestão tais como o sistema de trabalho Taean.[12] No século XXI, o crescimento do PIB norte-coreano foi lento porém constante, tendo aumentado de 0,8% em 2011, depois de dois anos de crescimento negativo.[13] A agricultura ainda não produz o suficiente para alimentar a população, sendo necessário importar 340 mil toneladas de cereais no ano de 2013/2014.[14] O solo encontrado na península coreana não é muito fértil. Alguns lugares no sul são cobertos por terra vermelha; o resto da terra é ainda pior. Isto significa que altos rendimentos podem ser conseguidos apenas por constantes fertilizações do solo.[15] Os norte-coreanos falam sobre a “Marcha Árdua”, quando seca, fome e enchentes somadas à perda da maioria dos parceiros comerciais do país causaram grandes retrocessos ao país que até os anos de 1980 tinha uma qualidade de vida mais alta do que a da sua vizinha Coreia do Sul.[16]