Educação bancária
conceito elaborado por Paulo Freire / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A educação bancária, ou a concepção bancária de educação, é um modelo que tem por base o "depósito" de ideias e conteúdos nos alunos. Conceituado por Paulo Freire, este modelo é caracterizado por uma relação fortemente vertical e unilateral entre professor e aluno, educador e educando. Por esse motivo, tal educação é também chamada de antidialógica (isto é, sem diálogo, contrária ao diálogo), em oposição à dialogicidade da educação defendida por Freire.[1][2]
A metáfora do banco é usada para enfatizar que, segundo esse modelo, o aluno é um recepiente vazio, que necessita dos "depósitos" do professor. Tal educação é também, necessariamente, não-problematizadora. Ela visa à acomodação, à adaptação do aluno ao mundo, bem como ao cerceamento de sua criatividade e de seu poder transformador da realidade. Nesse sentido, esta educação "satisfaz aos interesses dos opressores". Citando Simone de Beauvoir, Freire afirma que os opressores pretendem "transformar a mentalidade dos oprimidos e não a situação que os oprime".[3]