Eleição presidencial no Brasil em 1998
eleição para Presidente do Brasil realizada em 1998 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A eleição presidencial de 1998 no Brasil foi realizada em um domingo, 4 de outubro de 1998. Foi a terceira eleição presidencial do país após a promulgação Constituição Federal de 1988. Pouco antes desse pleito foi aprovado um projeto de emenda constitucional permitindo a reeleição aos ocupantes de cargos no Poder Executivo. Muito se discutiu sobre a constitucionalidade deste projeto[1] e, posteriormente, dois parlamentares da base aliada do governo, ambos do Acre, admitiram ter vendido seus votos pela aprovação da emenda.[2][3]
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Eleição presidencial no Brasil em 1998 | ||||
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4 de outubro (turno único) | ||||
Candidato | FHC | Lula da Silva | Ciro Gomes | |
Partido | PSDB | PT | PPS | |
Natural de | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro | Caetés, Pernambuco | Pindamonhangaba, São Paulo | |
Vice | Marco Maciel (PFL) |
Leonel Brizola (PDT) |
Roberto Freire (PPS) | |
Votos | 35 936 382 | 21 475 211 | 7 426 187 | |
Porcentagem | 53,06% | 31,71% | 10,97% | |
Candidato mais votado no 1º turno por unidade federativa. | ||||
Titular Eleito | ||||
Controvérsias a parte, o presidente Fernando Henrique Cardoso, amparado por uma coligação que incluía os três maiores partidos da época – o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o Partido da Frente Liberal (PFL, atual União Brasil) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB, atual MDB), que ofereceu seu apoio informal ao PSDB – foi reeleito em primeiro turno com cerca de 53% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) com quase 32% dos votos. Ciro Gomes, então membro do Partido Popular Socialista (PPS, atual Cidadania), veio em terceiro lugar, com mais de 7 milhões de votos (quase 11% do total). Esta eleição trouxe o uso das urnas eletrônicas, que seriam utilizadas em todos os municípios no pleito seguinte.
A disputa pela presidência em 1998 contou com doze candidatos, o maior número da história do país desde a eleição de 1989, quando mais do que o dobro de candidaturas foram lançadas. O número de concorrentes poderia subir para quinze, caso a candidatura do ex-presidente cassado Fernando Collor de Mello (PRN, atual Agir)[4] não fosse revogada pela Justiça Eleitoral e se Oswaldo Souza Oliveira (PRP)[5] e João Olivar Farias (PAN)[carece de fontes?] não tivessem desistido. Com a desistência deste último, o PAN decidiu apoiar Ciro Gomes. Esta eleição também ficou marcada por trazer a segunda mulher candidata ao cargo máximo da República que não teve sua candidatura interferida: Thereza Ruiz, do Partido Trabalhista Nacional (PTN, atual Podemos), que substituiu Dorival Masci de Abreu.[6]
Até a última eleição presidencial, em 2022, o feito de ganhar uma eleição presidencial em primeiro turno não foi repetido.[7]