Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2020
59.ª eleição presidencial quadrienal estadunidense / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A eleição presidencial nos Estados Unidos em 2020 foi realizada em 3 de novembro, uma terça-feira. Foi a 59.ª eleição presidencial do país. O ex-vice-presidente democrata Joe Biden derrotou o presidente republicano Donald Trump. A senadora Kamala Harris se tornou a primeira mulher a ser eleita vice-presidente. Foi a primeira vez desde a eleição de 1992 que um presidente não foi reeleito, com Biden ganhando a maior fatia de voto popular para um opositor a um presidente incumbente desde 1932. A eleição registrou a maior participação popular desde 1900, sendo que a chapa Biden-Harris atingiu a maior quantidade de votos na história do país, superando os 81 milhões; Trump, com 74 milhões, se tornou o segundo presidenciável mais votado da história.
3 de novembro de 2020[1][2][3] | |||||||||
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538 membros do Colégio Eleitoral 270 votos eleitorais para vencer | |||||||||
Pesquisas de opinião | |||||||||
Participação | 66.6% 6.5 pp | ||||||||
Candidato | Joe Biden | Donald Trump | |||||||
Partido | Democrata | Republicano | |||||||
Domicílio eleitoral | Delaware | Flórida | |||||||
Candidato para Vice-presidente | Kamala Harris | Mike Pence | |||||||
Colégio eleitoral | 306 | 232 | |||||||
Vencedor em | 25 + D.C. + NE-2 | 25 + ME-2 | |||||||
Votos | 81.283.485 | 74.223.744 | |||||||
Porcentagem | 51,4% | 46,9% | |||||||
Mapa dos resultados, com a indicação da quantidade de votos que cada estado e o Distrito de Colúmbia possuíam no Colégio Eleitoral | |||||||||
Titular |
Eleito na última eleição, Trump candidatou-se à reeleição e em março de 2020 atingiu a quantidade de delegados necessária para ser nomeado o candidato republicano para a presidência. Na oposição democrata, as primárias contaram com dezenas de candidatos relevantes e, em abril de 2020, Biden se converteu no presumível candidato do partido com a desistência do senador Bernie Sanders. Biden então escolheu Harris como sua vice, tornando-a a primeira mulher negra a concorrer ao cargo por um grande partido. Outras agremiações menores, como o Libertário e o Verde, também escolheram seus candidatos presidenciais.
A disputa presidencial ocorreu simultaneamente com as eleições para todos os assentos da Câmara dos Representantes e parte dos do Senado, além de vários cargos a níveis estadual e local. Os temas da campanha eleitoral incluíram o impacto da pandemia de COVID-19, que deixou mais de duzentos mil mortos no país no momento da votação, a morte da juíza associada Ruth Bader Ginsburg e a indicação de Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, o sistema de saúde, as mudanças climáticas e os protestos antirracistas, assim como a interferência estrangeira, assuntos relacionados ao voto antecipado e o reconhecimento dos resultados. Biden e Trump foram os candidatos presidenciais mais idosos já designados pelos maiores partidos.
A eleição registrou um número histórico de votos antecipados em decorrência da pandemia, fazendo com que a apuração fosse mais lenta em alguns estados. A vitória de Biden foi projetada em 7 de novembro, mas Trump recusou-se a aceitar sua derrota, proferindo reiteradas alegações infundadas sobre fraudes, ingressando com diversas ações judiciais e buscando outros meios para reverter os resultados nos estados. Nenhum desses esforços foi exitoso. Em meados de dezembro, o Colégio Eleitoral formalizou a vitória da chapa Biden-Harris, com 306 votos, contra 232 para Trump e seu vice, Mike Pence. Em 6 de janeiro de 2021, em meio a tumultos, o Congresso dos Estados Unidos, numa sessão simbólica, contou os votos do colegiado e ratificou oficialmente a vitória de Biden.