Eleições estaduais na Guanabara em 1966
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As eleições estaduais na Guanabara em 1966 ocorreram em 15 de novembro sob a luz do Ato Institucional Número Três[1][2] numa prescrição válida nos 22 estados brasileiros e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[nota 1] A ausência de eleições para governador e vice-governador se explica devido a eleição realizada no ano anterior na qual Negrão de Lima e Eloy Dutra chegaram ao Palácio Guanabara. Foram eleitos em 1966 o senador Mário Martins, além de 21 deputados federais e 55 deputados estaduais no único caso onde o MDB venceu as eleições em todos os níveis.
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Eleição parlamentar na Guanabara em 1966 | ||||
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15 de novembro de 1966 (Senador eleito) | ||||
Líder | Mário Martins | Benjamin Farah | ||
Partido | MDB | MDB | ||
Natural de | Petrópolis, RJ | Corumbá, MS | ||
Votos | 363.072 | 271.858 | ||
Porcentagem | 37,17% | 27,83% | ||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
Embora não tivesse filiação partidária[nota 2] o governador Negrão de Lima recebeu o apoio do MDB para conduzir a Guanabara e graças a isso a legenda oposicionista tornou-se majoritária no estado ao longo do Regime Militar de 1964 recebendo, inclusive, a adesão de seguidores de Carlos Lacerda até que a subida de Chagas Freitas ao governo do estado em 1970 dividiu o MDB entre "chaguistas" e "antichaguistas" numa disputa permitida pela fórmula das sublegendas, fato que inviabilizou o desempenho político da ARENA carioca.
Tal realidade se impôs na recusa do senador Afonso Arinos em pleitear um novo mandato fazendo de Venâncio Igrejas candidato único da ARENA numa disputa onde o MDB apresentou três nomes dos quais o vencedor foi Mário Martins, vinculado ao lacerdismo.[3] Natural de Petrópolis, o novo senador é jornalista e iniciou a carreira no Diário Carioca. Contemporâneo de Mário Filho e Nelson Rodrigues, trabalhou no Ministério do Trabalho e com o fim do Estado Novo ingressou na UDN e foi eleito vereador no então Distrito Federal em 1950 e deputado federal em 1954 e 1958, renunciando para voltar ao jornalismo. Teve o mandato senatorial cassado pelo Ato Institucional Número Cinco numa medida extensiva ao seu suplente, Marcelo Alencar, e passou a residir em Vitória.[4][5]