Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1950
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As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1950 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos o governador Dix-Sept Rosado, o vice-governador Sílvio Pedrosa e o senador Kerginaldo Cavalcanti, além de sete deputados federais e trinta e quatro estaduais.[1][nota 1]
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Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1950 | ||||
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3 de outubro de 1950 (Turno único) | ||||
Candidato | Dix-Sept Rosado | Manoel Albuquerque | ||
Partido | PR | UDN | ||
Natural de | Mossoró, RN | Natal, RN | ||
Vice | Sílvio Pedrosa | Duarte Filho | ||
Votos | 101.690 | 68.448 | ||
Porcentagem | 59,77% | 40,23% | ||
Candidato mais votado por município (48):
Dix-Sept (29)
Manoel (19) | ||||
Titular Eleito | ||||
Nascido em Mossoró, o governador Dix-Sept Rosado descende de uma família política e antes de chegar ao Palácio Potengi via PR foi eleito prefeito de sua cidade natal em 1948. Sua gestão à frente do executivo potiguar, entretanto, foi abreviada em razão de sua morte em 12 de julho de 1951 num acidente aéreo nas cercanias de Aracaju quando se dirigia ao Rio de Janeiro para uma audiência com o presidente Getúlio Vargas.[2][3][4][5][nota 2]
Diante de tal ocorrência, o governo do Rio Grande do Norte foi entregue ao advogado Sílvio Pedrosa. Nascido em Natal e formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, exerceu a profissão até ser nomeado para o Conselho Administrativo do estado em 1945 e no ano seguinte ascendeu à prefeitura da capital potiguar. Membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras e da Sociedade Brasileira de Folclore, elegeu-se deputado estadual via PSD em 1947, alcançou o mandato de vice-governador em 1950 e nessa condição foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.[6] Seis meses depois de investido tornou-se governador do estado.[5][nota 3]
Natural de Natal, o advogado Kerginaldo Cavalcanti cursou a Universidade Federal do Ceará, mas regressou às terras potiguares ao eleger-se deputado estadual em 1918, um ano antes de se graduar. Em Fortaleza compôs a seccional cearense da Ordem dos Advogados do Brasil e o Instituto dos Advogados Brasileiros, integrou a Associação Cearense de Imprensa e dirigiu a Gazeta de Notícias. Oficial de gabinete do governador potiguar Joaquim Ferreira Chaves, foi promotor de justiça em Natal e em 1933 foi eleito deputado federal e nisso ajudou a elaborar a Constituição de 1934.[7][8] Em Natal dirigiu os jornais A Notícia e A Imprensa, foi inspetor de ensino e consultor-geral do estado. Derrotado ao buscar uma cadeira de senador via PRP em 1945, migrou para o PSP, todavia foi derrotado ao disputar a suplência de senador na chapa de Juvenal Lamartine de Faria em 1947. A morte de João Câmara em 12 de dezembro de 1948 resultaria na efetivação do general Fernandes Dantas, mas como este fora impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral por falhas no registro de sua candidatura, a bancada potiguar ficou incompleta até que Georgino Avelino, presidente em exercício do Senado Federal, valeu-se de uma sessão no Palácio Monroe e convocou Kerginaldo Cavalcanti, que ali se encontrava, a tomar posse. Mesmo ilegal, pois o ungido fora suplente de uma chapa derrotada, sua investidura foi confirmada pelo TSE e assim o novo senador pôde ser reeleito em 1950.[9][10][11]