Estêvão de Inglaterra
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Estêvão (Blois, c. 1092/1096 – Dover, 25 de outubro de 1154), também chamado de Estêvão de Blois, foi o Rei da Inglaterra de 1135 até sua morte e Conde de Bolonha em direito de sua esposa. Seu reinado foi marcado pela Anarquia, guerra civil que travou contra sua prima Matilde da Inglaterra. Foi sucedido pelo filho dela, Henrique II, o primeiro da dinastia Plantageneta.
Estêvão | |
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Rei dos Ingleses e Duque dos Normandos | |
Rei da Inglaterra | |
Reinado | 22 de dezembro de 1135 a 25 de outubro de 1154 |
Coroação | 26 de dezembro de 1135 |
Antecessor(a) | Henrique I |
Sucessor(a) | Henrique II |
Nascimento | c. 1092 ou 1096 |
Blois, Blois, França | |
Morte | 25 de outubro de 1154 |
Dover, Kent, Inglaterra | |
Sepultado em | Abadia de Faversham, Kent, Inglaterra |
Esposa | Matilde I, Condessa de Bolonha |
Descendência | Balduíno de Blois Eustácio IV, Conde de Bolonha Matilde de Blois Guilherme I, Conde de Bolonha Maria, Condessa de Bolonha |
Casa | Blois |
Pai | Estêvão II, Conde de Blois |
Mãe | Adela da Normandia |
Religião | Catolicismo |
Seu pai Estêvão II de Blois morreu enquanto Estêvão ainda era jovem, com ele sendo levado até sua mãe Adela da Normandia. Colocado na corte de Henrique I, seu tio e rei da Inglaterra, Estêvão ganhou proeminência e recebeu várias terras. Casou-se com Matilde de Bolonha, herdando propriedades em Bolonha e Kent que transformaram o casal em um dos mais ricos do país. Estêvão escapou de afogar-se junto com Guilherme Adelino, filho e herdeiro de Henrique I, no naufrágio do Barco Branco em 1120; a morte de Guilherme deixou em aberto a sucessão do trono inglês. Quando o rei morreu em 1135, Estêvão rapidamente cruzou o Canal da Mancha e, com a ajuda de seu irmão Henrique, um poderoso clérigo, tomou o trono afirmando que a preservação da ordem no reino era mais importante que seus juramentos prestados à imperatriz Matilde, filha de Henrique I.
Apesar de David I da Escócia, rebeldes galeses e Godofredo V de Anjou, marido de Matilde, terem repetidas vezes atacado suas terras na Inglaterra e na Normandia, os primeiros anos de seu reinado foram bem sucedidos. Roberto de Gloucester, o meio-irmão da imperatriz, rebelou-se contra Estêvão em 1138 ameaçando uma guerra civil. Junto com Valerano de Beaumont, seu conselheiro, Estêvão firmemente defendeu a Inglaterra, inclusive prendendo uma poderosa família de bispos. Quando a imperatriz e Roberto invadiram em 1139, ele não conseguiu esmagar a rebelião rapidamente, que centrou-se no sudoeste da Inglaterra. Estêvão foi abandonado por muitos de seus seguidores após ser capturado na Batalha de Lincoln em 1141, também perdendo o controle da Normandia. Ele foi libertado depois de sua esposa e Guilherme de Ypres, um de seus comandantes militares, terem capturado Roberto, porém a guerra continuou por anos com nenhum dos lados conseguindo grande vantagem.
Estêvão ficou cada vez mais preocupado em garantir que seu filho Eustácio fosse seu sucessor. Ele tentou convencer a igreja a coroar o filho para reforçar sua posição: o papa Eugênio III recusou-se e o rei começou a discutir cada vez mais com seus clérigos. O filho da imperatriz invadiu a Inglaterra em 1153 para armar uma aliança com poderosos barões a fim de conquistar o trono. Os dois exércitos confrontaram-se no Castelo de Wallingford, porém nenhum dos lados saiu vitorioso. Estêvão começou a considerar e negociar a paz, um processo que foi apressado após a morte repentina de Eustácio. Estêvão e Henrique assinaram o Tratado de Wallingford no final do ano, em que o rei reconhecia Henrique como seu herdeiro em troca da paz. Estêvão morreu no ano seguinte. Historiadores modernos já debateram como a personalidade de Estêvão, eventos externos e a fraqueza do estado normando contribuíram para o longo período de guerra civil.