Eufêmia (imperatriz)
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Eufêmia (português brasileiro) ou Eufémia (português europeu) foi uma imperatriz-consorte bizantina, nascida Lupicínia, e esposa do imperador Justino I, o fundador da Dinastia justiniana, que reinou no Império Bizantino entre 518 e 602.
Eufêmia | |
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Augusta | |
Busto de uma imperatriz bizantina não identificada do início do século VI, provavelmente Eufêmia ou Teodora. | |
Imperatriz bizantina | |
Reinado | julho de 518- c. 524 |
Consorte | Justino I |
Antecessor(a) | Ariadne |
Sucessor(a) | Teodora |
Morte | 524 |
Constantinopla | |
Sepultado em | Igreja de Santa Eufêmia |
Nome completo | Lupicínia |
Dinastia | Justiniana |
Filho(s) | Não teve |
Atribui-se à imperatriz Eufêmia as políticas eclesiásticas de Justino e a fundação da Igreja de Santa Eufêmia, onde ela foi sepultada em 523 ou 524. Justino foi também sepultado ali, ao seu lado, em 527[1].
De acordo com a "História Secreta" de Procópio, um relato póstumo francamente negativo em relação aos justinianos, Lupicínia era tanto uma escrava quanto uma bárbara ("não-romana"). Ele afirmou que ela havia sido concubina de seu dono[1][2]. Os sete volumes de histórias que de fato foram publicados durante a sua vida são a completa antítese do relato da "História Secreta", sendo principalmente textos elogiosos sobre a nova dinastia. Críticos de Procópio (que se revelou um homem profundamente desiludido com seus governantes) descartam seus trabalhos publicados postumamente como uma fonte extremamente enviesada, chegando a ser vitriólica e pornográfica. Porém, por falta de outras fontes, algumas de suas afirmativas ali não podem ser desacreditadas imediatamente. Embora seus motivos sejam suspeitos e não possam ser verificados, sua natureza erótica só aumentou a popularidade da obra.
Estima-se que o casamento de Eufêmia e Justino tenha ocorrido durante o reinado de Anastácio I Dicoro (r. 491-518), época em que Justino estava prosperando em sua carreira no exército bizantino[1].