Euro
Euro | |
---|---|
Euro / Ευρώ / Евро | |
Dados | |
Código ISO 4217 | EUR |
Usado | ![]() Zona Euro
|
Inflação | 1,5% (2018) Banco Central Europeu 2018 |
Sub-Unidade 1/100 |
cêntimo |
Símbolo | € |
Plural | Euros[3] |
Moedas | 1, 2, 5, 10, 20, 50 cêntimos; 1 €, 2 € |
Notas | 5 €, 10 €, 20 €, 50 €, 100 €, 200 €, 500€ |
Banco central | Banco Central Europeu www |
Fabricante | União Europeia |
Euro (símbolo: €; código: EUR) é a moeda oficial da zona Euro, a qual é constituída por 19 dos 27 estados-membro da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.[4][5] A moeda é também usada de forma oficial pelas instituições da União Europeia e por quatro outros países europeus e, de forma unilateral, por outros dois. Em 2018, a moeda era usada diariamente por cerca de 343 milhões de europeus.[6] A moeda é também usada oficialmente em diversos territórios ultramarinos da UE.
A moeda é ainda usada por mais 240 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 190 milhões em África, que usam moedas de câmbio fixo em relação ao euro. O euro é a segunda maior moeda de reserva e a segunda moeda mais transaccionada no mundo a seguir ao dólar dos Estados Unidos.[7][8][9] Com mais de 1,2 trilhão de euros em circulação em 2018, o euro tem o maior valor combinado de notas e moedas em circulação no mundo, tendo ultrapassado o dólar norte-americano.[nota 1] Com base em estimativas do Fundo Monetário Internacional do PIB e da paridade do poder de compra, a zona euro é a segunda maior economia do mundo.[10]
O nome "euro" foi oficialmente adotado em 16 de dezembro de 1995.[11] O euro foi introduzido nos mercados financeiros mundiais enquanto unidade de conta a 1 de janeiro de 1999, em substituição da antiga Unidade Monetária Europeia (ECU), a um câmbio de 1:1 (1,1743 USD). As moedas e notas físicas de euro entraram em circulação a 1 de janeiro de 2002, tornando-a a moeda de uso corrente entre os membros originais.[12] Embora nos primeiros dois anos a cotação do euro tenha descido para 0,8252 USD (26 de outubro de 2000), a partir do fim de 2002 começou a ser transacionada a valores superiores ao dólar, atingindo um máximo de 1,6038 USD em 18 de julho de 2008.[13] A partir do fim de 2009, a crise da dívida pública da Zona Euro levou à criação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e à adoção de várias reformas de estabilização monetária.
História do Euro
A ideia do estabelecimento da moeda única na CEE nasceu já na década de 70. Teve como principais defensores os Economistas Fred Arditti, Neil Dowling, Wim Duisenberg, Robert Mundell, Tommaso Padoa-Schioppa e Robert Tollison. No entanto, só pelo Tratado de Maastricht, de 1992 esta ideia passou da teoria para o Direito. Este tratado foi celebrado pelos doze países que à data faziam parte da Comunidade Económica Europeia. O Reino Unido e a Dinamarca optaram neste tratado por ficar de fora da moeda única. Na teoria os países que aderissem posteriormente à União teriam que aderir à moeda única. A Suécia aderiu à União em 1995 mas negociou entrar numa fase posterior. Os critérios para adesão à nova moeda única foram estabelecidos pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento de 1997.
O primeiro nome para o sistema de conversão entre as moedas que se uniriam foi o ECU (European Currency Unit em Inglês). O nome de Euro é atribuído ao Belga German Pirloit que assim o sugeriu a Jacques Santer em 1995. O valor da nova moeda foi ancorado ao do ECU por resolução do Conselho da União Europeia de 31 de dezembro de 1998. Esta entrou em vigor a 1 de janeiro de 1999 em forma não material (transferências, cheques, etc.) e a 1 de janeiro de 2002 em notas e moedas.
Notas e moedas de euro
Serie de "Europa"
|
Moedas
|
Moeda de Reserva
A Zona Euro
|
A Zona Euro é composta pelos seguintes países da União Europeia, que adotaram a moeda comum: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal, prevendo-se que com a expansão da União Europeia alguns dos aderentes mais recentes possam nos próximos anos partilhar também o euro como moeda oficial.
O governo dinamarquês anunciou no seu programa de 22 de novembro de 2007 a sua intenção de organizar um referendo sobre a entrada do país na Zona Euro.[14]
Alguns países pequenos que não praticam políticas de moeda própria usam também o euro: Andorra, Mónaco, São Marino e Vaticano. Montenegro também utiliza o euro como sua moeda oficial. Também no Kosovo, o euro passou a circular mesmo antes da sua declaração de independência.
Outros países tinham a sua moeda fixada a uma antiga moeda europeia. Este era o caso do escudo cabo-verdiano, que estava ligado ao escudo português, e do franco CFA, que era indexado ao franco francês, em circulação em diversos países africanos, e o Franco CFP, dos territórios franceses no Pacífico.
O banco que controla as emissões do euro e executa a política cambial da União Europeia é o Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt am Main, na Alemanha.
Acumulação internacional de moedas de reserva[15][16]
Moeda | 1995 | 1996 | 1997 | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2016 | 2017 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Dólar | 59,0% | 62,1% | 65,2% | 69,3% | 70,9% | 70,5% | 70,7% | 66,5% | 65,8% | 65,9% | 66,4% | 64,7% | 64,1 % | 64,0 % | 65,3 % | 62,7 % |
Euro | - | - | - | - | 17,9% | 18,8% | 19,8% | 24,2% | 25,3% | 24,9% | 24,3% | 25,8% | 26,3 % | 26,5 % | 19.1 % | 20,1 % |
Marco Alemão | 15,8% | 14,7% | 14,5% | 13,8% | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
Libra Esterlina | 2,1% | 2,7% | 2,6% | 2,7% | 2,9% | 2,8% | 2,7% | 2,9% | 2,6% | 3,3% | 3,6% | 4,4% | 4,7 % | 4,1 % | 4,3 % | 4,5 % |
Iene | 6,8% | 6,7% | 5,8% | 6,2% | 6,4% | 6,3% | 5,2% | 4,5% | 4,1% | 3,9% | 3,7% | 3,2% | 2,9 % | 3,3% | 3,9 % | 4,9 % |
Franco Francês | 2,4% | 1,8% | 1,4% | 1,6% | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
Franco Suíço | 0,3% | 0,2% | 0,4% | 0,3% | 0,2% | 0,3% | 0,3% | 0,4% | 0,2% | 0,2% | 0,1% | 0,2% | 0,2% | 0,1% | 0,2 % | 0,2 % |
Outras | 13,6% | 11,7% | 10,2% | ,1% | 1,6% | 1,4% | 1,2% | 1,4% | 1,9% | 1,8% | 1,9% | 1,7% | 1,8 % | 2,0 % | 2,3 % | 2,5 % |
Convenções de escrita
Com a implementação da nova moeda no quotidiano, decidiu-se que as regras para a formação do plural da palavra (p.ex. euro, euros, euri, eurok), o género, o uso da vírgula ou ponto para separação das casas decimais, e da posição do símbolo da unidade monetária manter-se-iam segundo as convenções nacionais de cada país.[3]
Convenções para Portugal e para a língua portuguesa (e para a generalidade das línguas que não o inglês):
- Mantém-se a convenção tipográfica prévia da posição do símbolo monetário: tal como o escudo português, o símbolo do euro coloca-se à direita do número. Exemplo: "1 234,56 €" (e não "€ 1 234,56");[17]
- Deve ser colocado um espaço entre o símbolo "€" e os algarismos. Exemplo: "1 234,56 €" (e não "1 234,56€");[18]
- Deve existir um espaço entre o símbolo "EUR" e os algarismos, e este símbolo deve ser indicado sempre em maiúsculas. Exemplo: "1 234,56 EUR" (e não "1 234,56EUR" ou "1 234,56 Eur");[carece de fontes]
- Deve existir um espaço entre a designação "euro" (ou "euros") e os algarismos, e esta designação deve ser indicada sempre em minúsculas. Exemplo: "1 234,56 euro" ou "1 234,56 euros" (e não "1 234,56euro" ou "1 234,56 Euro");[carece de fontes]
- Segundo o sistema métrico, é a vírgula o símbolo que separa os números inteiros das casas decimais. Devem figurar sempre duas casas decimais. Os números superiores à unidade apresentam-se em séries de três, sendo cada série separada por um espaço (e não por um ponto), sendo este espaço designado por separador de milhares. Exemplo: "1 234,56 €" (e não "1.234,56 €" ou "1234.56 €"), "1 234,50 €" (e não "1 234,5 €");[19]
- Quando o valor é indicado por extenso, deverão figurar as designações oficiais "euro" ou "cent", ou as variantes usuais "euros", "cêntimo" ou "cêntimos" (existem outras variantes nas restantes línguas). Exemplo: "12,00 €" por extenso indica-se "doze euros" ou "doze euros e zero cêntimos", "12,30 €" por extenso indica-se "doze euros e trinta cent." (e não "doze euros vírgula trinta");[carece de fontes]
- Valores iguais ou superiores a 1 000 000 000 são lidos e escritos por extenso segundo o sistema métrico, através da escala longa (predominante na Europa). Exemplo: "1 000 000,00 €" lê-se "um milhão de euros", "1 000 000 000,00 €" lê-se "mil milhões de euros" [escala longa] (e não "um bilião de euros" [escala curta]), "1 000 000 000 000,00 €" lê-se "um bilião de euros" [escala longa] (e não um "trilião de euros" [escala curta]), "12 003 004 005,00 €" lê-se "doze mil e três milhões, quatro mil e cinco euros";[carece de fontes]
- Por vezes é utilizado o prefixo SI "M" (os restantes prefixos, apesar de válidos não têm utilização usual). O prefixo "M" corresponde a um fator multiplicador de 1 000 000 (um milhão). O mesmo deverá ser utilizado sempre em maiúsculas para evitar ambiguidade com o prefixo "m" que corresponde um fator multiplicador de 0,001 (um milésimo). É habitual suprimir a parte decimal aquando da utilização de prefixos. Exemplo: "1 234 M€" (e não "€ 1234M" ou "M€ 1234") corresponde a "1 234 000 000,00 €".[carece de fontes]
Tabela de conversão
Possibilidade de extinção da moeda
Em finais de 2011, foi enunciado em vários parlamentos europeus, mais notavelmente no Parlamento da França e no próprio Parlamento Europeu, a possibilidade de extinção do euro como moeda.[22] Foi referido por François Fillon,[23] primeiro-ministro francês, que o fim da moeda única seria catastrófico para o continente europeu, ao desvalorizar em 25% as economias mais fortes e em 50% as mais frágeis. Várias empresas, como a Autoeuropa, que tem um peso importante na economia portuguesa, avaliam já o cenário próximo de fim do Euro.[24] Embora seja garantido por vários governantes um contínuo esforço de manutenção da moeda, as pressões de rating por parte dos mercados financeiros têm credibilizado a possibilidade de tal acontecer.
Futuras entradas na União Económica e Monetária
|
Para adotar o euro os Estados-membros terão de verificar os critérios de convergência, que impõem limites ao valor percentual do défice público e da taxa de inflação, entre outras condições.
Ver também
Text is available under the CC BY-SA 4.0 license; additional terms may apply.
Images, videos and audio are available under their respective licenses.