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Os exercícios militares chineses em torno de Taiwan foram uma série de exercícios militares navais e aéreos da República Popular da China (RPC) em torno do território de facto independente de Taiwan. A ação chinesa, que durou inicialmente de 4 a 7 de agosto de 2022 e envolveu exercícios de simulações de combate, incursões aéreas, mobilizações navais e lançamentos de mísseis balísticos pelo Exército de Libertação Popular, ocorreu em resposta à visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos Nancy Pelosi.[3][4] Nancy Pelosi originalmente pretendia viajar para Taiwan em abril de 2022,[5] mas adiou depois de testar positivo para COVID-19.[6] Ela remarcou a viagem para agosto como parte de um trajeto mais amplo na Ásia. Diversas fontes alegam que a Casa Branca estava inicialmente dividida quanto à conveniência da viagem, mas posteriormente afirmou o direito de Pelosi visitar Taiwan.[7][8][9][10]
Exercícios militares chineses em torno de Taiwan em 2022 | |||||||||
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Parte de Conflito China-Taiwan | |||||||||
Áreas onde os exercícios do Exército Popular de Libertação estavam programados para ocorrer entre 4 e 7 de agosto | |||||||||
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Participantes do conflito | |||||||||
República da China (Taiwan) | República Popular da China
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Líderes | |||||||||
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Os exercícios, que atraíram críticas das nações do G7, foram uma demonstração de força destinada a deter o que a República Popular da China percebe como envolvimento dos Estados Unidos nos chamados “assuntos internos chineses” e demonstrar o poder militar chinês na região para o público internacional e doméstico.[11][12][13] Os exercícios de simulações de combate foram sem precedentes na história recente[14] e ocorreram em seis zonas que cercavam as vias navegáveis internacionais e rotas de aviação mais movimentadas da ilha.[15][16] Em 8 de agosto, os militares da China anunciaram novos exercícios militares em torno de Taiwan.[17] A China anunciou o fim dos exercícios em 10 de agosto, mas também afirmou que "patrulhas" regulares seriam lançadas no Estreito de Taiwan.[18][19]
Taiwan assinou um acordo com os Estados Unidos em 24 de março de 2021 para estabelecer um "Grupo de Trabalho da Guarda Costeira" para coordenar políticas após a China ratificar uma lei em janeiro dando permissão à guarda costeira chinesa de disparar em navios estrangeiros.[20]
Em 26 de março de 2021, o Ministério de Defesa de Taiwan notou que 20 aviões, incluindo 4 bombardeiros de capacidade nuclear da China e dez jatos de ataque, entraram na zona aérea de defesa e identificação (ZADI) de Taiwan. O governo emitiu um alerta por rádio e acionou seu sistema de defesa aéreo para monitorar a atividade.[12]
Analistas descreveram as incursões do Exército de Libertação Popular como "táticas de zona cinza". Em 12 de abril de 2021 ocorreu a décima das incursões e a maior até então, com a força aérea do Exército de Libertação Popular utilizando 22 aeronaves, incluindo 14 jatos de ataque, quatro Chengdu J-10, e quatro bombardeiros Xian H-6 dentro da ZADI, de acordo com o Ministério de Defesa Nacional de Taiwan.[21][22][23]
Em um relatório bianual em novembro de 2021, o Ministério de Defesa de Taiwan alertou que a República Popular da China havia obtido a capacidade de cercar e bloquear os portos, aeroportos, e rotas de voo exteriores da ilha.[24]
Em resposta à visita de Pelosi, a República Popular da China anunciou quatro dias de exercícios militares com uso de artilharia real, algo sem precedentes,[25] em seis zonas em torno da ilha que intercedem as rotas internacionais navais e aeronáuticas mais utilizadas.[26] Em resposta ao anúncio, oficiais de Taiwan reclamaram que o exercício do Exército de Libertação Popular era uma invasão do espaço territorial de Taiwan e um desafio direto à liberdade de navegação marítima e aérea.[27] Em uma demonstração de força, a RPC utilizou um grupo aeronaval, como também pelo menos um submarino nuclear no Estreito de Taiwan, com ambas as embarcações participando do exercício.[28] A RPC anunciou exercícios adicionais tanto no mar Amarelo como no Bohai, e a Administração de Segurança Marítima da China anunciou cinco áreas restritas no Mar Amarelo onde os exercícios aconteceriam de 5 de agosto à 15 de agosto, como também quatro zonas adicionais no Mar Bohai onde um mês de operações militares aconteceriam a partir de 9 de agosto.[29]
Durante os exercícios, foi confirmado que a China utilizou 11 mísseis, o dobro de número utilizado em julho de 1995 durante a terceira crise do estreito de Taiwan.[30]
Enquanto os exercícios do Exército de Libertação Popular ocorriam no dia 4 de agosto, um grupo aeronaval dos Estados Unidos, estava conduzindo operações no Mar das Filipinas, incluindo em águas no sudeste de Taiwan.[31] Entretanto, os Estados Unidos cancelaram o teste do míssil 'Minuteman III', que estava programado para acontecer durante a semana em que a crise começou, para não escalar as tensões com a China.[32]
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