Félix Guattari
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Félix Guattari (Villeneuve-les-Sablons, Oise, 30 de abril de 1930 — Cour-Cheverny, 29 de agosto de 1992) foi um filósofo, psicanalista, psiquiatra, semiólogo, roteirista e ativista revolucionário francês. Foi um dos fundadores dos campos da esquizoanálise e ecosofia.[1] Guattari é conhecido por suas colaborações em obras com Gilles Deleuze, notavelmente em O Anti-Édipo (1972) e Mil platôs (1980), os dois volumes que formam a coleção Capitalismo e esquizofrenia.[2]
Félix Guattari | |
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Filosofia contemporânea | |
Félix Guattari. | |
Escola/Tradição: | Filosofia continental, pós-marxismo, freudo-marxismo, pós-estruturalismo |
Data de nascimento: | 30 de abril de 1930 |
Local: | Villeneuve-les-Sablons, Oise, França |
Morte | 29 de agosto de 1992 (62 anos) |
Local: | Cour-Cheverny, Loir-et-Cher, França |
Principais interesses: | Psicanálise, filosofia marxista, filosofia da linguagem, filosofia política |
Ideias notáveis | Agenciamento, Produção desejante, Desterritorialização, Ecosofia, Esquizoanálise |
Influenciados: | Sigmund Freud, Karl Marx, Jacques Lacan, Gilles Deleuze |
Alma mater | Universidade de Paris-VIII |
Guattari produziu uma grande quantidade de textos, relacionou-se de forma produtiva com muitas das figuras mais importantes das últimas três duas ou quatro décadas, militou política e ativamente tanto nas organizações tradicionais, como na maioria das alternativas importantes do seu tempo cronológico, foi criador de uma série de movimentos e fundador de uma série de dispositivos políticos que tiveram um papel importantíssimo nas tentativas de transformação do que é o mundo moderno e pós-moderno.[3]
Entre os conceitos e noções criadas por Guattari, estão os de transversalidade, ecosofia, caosmose, desterritorialização, ritornelo, singularidade, produção de subjetividade e capitalismo mundial integrado. Teorizou também sobre a questão da transdisciplinaridade, do desejo, das instituições e foi, juntamente com Deleuze, o mais profundo crítico da psicanálise que, segundo Michel Foucault, tratava-se de um inimigo tático, ao passo que o seu inimigo estratégico seria o poder, o fascismo. A partir desta crítica, criou, em intercessão com Gilles Deleuze o que chamou de esquizoanálise (e Cartografia e Pragmática Menor). Atuou e teorizou nos temas da homossexualidade - chegando a ser preso por seus ditos e escritos — travestilidade, feminismo, anticolonialismo e outros movimentos minoritários, além das temáticas anarquistas e comunistas. É um dos principais percursores e referências da reforma psiquiátrica no mundo, juntamente com o italiano Franco Basaglia e outros. É também considerado um dos principais expoentes do pós-estruturalismo francês.