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Fortaleza de Babilónia (Cairo)

cidade-fortaleza ou castelo situado no Egito Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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A Fortaleza de Babilónia (português europeu) ou Fortaleza de Babilônia (português brasileiro) foi uma cidade-fortaleza ou castelo situado no Delta do Nilo, Egito, numa área que então era chamada Babilónia e que atualmente é conhecida como Cairo Copta, uma parte do Velho Cairo.[nt 1] Era constituída por um conjunto de bastiões ligados por uma muralha de tijolo.[nt 2]

Factos rápidos Informações gerais, Fim da construção ...

A área fazia parte do Nomo de Heliópolis, na margem direita (oriental) do Nilo, em frente à ilha de Rhoda, perto do Canal Faraónico (também chamado Canal de Heliópolis, de Ptolomeu ou de Trajano), que ligava o Nilo ao mar Vermelho, na fronteira entre o Baixo e Médio Egito. O local era de grande importância estratégica, pois permitia o controlo de todo o tráfego no Nilo, no ponto onde o seu cruzamento é mais fácil. Ali eram cobradas portagens às embarcações que passavam no rio.[nt 1][nt 2]

Diodoro Sículo atribuiu a construção do primeiro forte a cativos rebeldes Assírios durante o reinado de Sesóstris e Ctésias data-a do tempo de Semíramis. Com mais fiabilidade, Josefo (século I d.C.), atribuiu a estrutura a seguidores de Cambises II, em 525 a.C.[1] Os Romanos construíram uma nova fortaleza com a típica alvenaria em bandas brancas e vermelhas, mais perto do rio.[2][nt 1]

Atualmente, no recinto da fortaleza encontra-se o Museu Copta, um convento e várias igrejas, nomeadamente a Igreja de São Jorge e a Igreja Suspensa.[2][nt 1]

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Nome e história

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Perspectiva

Babilónia era o nome original da cidade principal da Mesopotâmia, mas segundo outra hipótese o nome pode estar ligado ao antigo Pr-Hapi-n-Iwnw (Casa do Nilo de Heliópolis), o santuário da divindade Hapi, a personificação das águas do Nilo, em Heliópolis.[2][nt 1]

De acordo com a tradição, o primeiro forte foi construído pelos Persas c.século VI a.C., mas nesse tempo situava-se nos penhascos perto do rio. Quando os Romanos tomaram posse do Egito, reconhecendo a sua importância estratégica no Nilo, usaram o forte durante algum tempo, mas devido aos problemas de abastecimento de água, no reinado de Trajano (r. 98–117) a fortaleza foi transferida para a sua localização atual, mais perto do rio.[2] No reinado de Arcádio (r. 395–408) as fortificações foram reforçadas.[carece de fontes?] Desde então, o leito do Nilo deslocou-se 400 metros para norte.[2]

No tempo de Augusto, a Babilónia do Delta tornou-se uma cidade com alguma importância e foi o quartel-general das três legiões que asseguravam a obediência do Egito. Na Notitia Imperii, Babilónia é mencionada como o quartel-general da Legio XIII Gemina. As ruínas da antiga cidade e da fortaleza ainda são visíveis a norte de Fostate, ou Velho Cairo. Entre as ruínas encontram-se os vestígios do grande aqueduto mencionado por Estrabão e pelos primeiros geógrafos árabes.[1][nt 1]

Durante a invasão árabe do Egito, no século VII, a fortaleza foi cercada durante cerca de sete meses, antes de ser tomada em 9 de abril de 641 pelo general árabe Anre ibne Alas.[2][nt 1] A seguir à tomada da fortaleza, Anre fundou a cidade de Fostate, cujo centro era, segundo a tradição, o local da sua tenda. A fortaleza foi integrada na nova cidade. Durante o primeiro século da existência de Fostate, a fortaleza continuou a ser chamada Babilónia e nos documentos da época tanto se usava Fostate como Babilónia (Babalyûn). Depois passou a ser chamada Alcácer Alxam (Qasr al-Sham; "Fortaleza da Vela"), nome que ainda é usado atualmente.[2]

Em 750 os Abássidas fundaram a localidade de Alascar e em 868 os Tulúnidas fundaram Alcatai. As três cidades vizinhas foram posteriormente unificadas para formar o Cairo (al-Qahira, "a Vitoriosa"), a qual foi dotada de uma muralha e uma cidadela pelo soberano aiúbida Saladino em 1173. Atualmente Fostate corresponde ao Velho Cairo.[nt 2][carece de fontes?]

O recinto da fortaleza da Babilónia cedo se tornou um enclave cristão e judeu. A maior parte das velhas igrejas coptas situam-se nas ruínas da fortaleza, entre as quais se destacam a al Moallaqa (ou al Mu'allaqa, "a suspensa"), construída no século V sobre o pórtico sul, de onde lhe vem o nome de suspensa, e a de São Jorge, esta última dos Gregos ortodoxos, construída por cima de uma da torres da porta norte.[2][nt 2]

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Notas

  1. Trechos baseados no artigo «Babylon Fortress» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
  2. Trechos baseados no artigo «Forteresse de Babylone du Caire» na Wikipédia em francês (acessado nesta versão).

    Referências e bibliografia

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