Frente Popular para a Libertação da Palestina
organização político-militar palestina / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Frente Popular para a Libertação da Palestina (em árabe: الجبهة الشعبية لتحرير فلسطين, translit. al-jabhah al-sha`biyyah li-tahrīr filastīn; em inglês: Popular Front for the Liberation of Palestine, PFLP) ou FPLP é uma organização política e militar palestiniana de orientação marxista-leninista fundada em 1967. Outrora uma importante organização, a Frente Popular para a Libertação da Palestina perdeu importância nos anos 90, tendo ressurgido durante a Segunda Intifada, iniciada em Setembro de 2000. A União Europeia e os Estados Unidos classificam a organização de terrorista [3]
Frente Popular para a Libertação da Palestina الجبهة الشعبية لتحرير فلسطين | |
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Fundador | George Habash |
Secretário-Geral | Ahmad Sa'adat |
Fundação | 1967 |
Sede | Damasco, Síria |
Ideologia | Comunismo Marxismo-leninismo Socialismo revolucionário Nacionalismo palestino Secularismo Anti-imperialismo Antissionismo Pan-arabismo Nacionalismo árabe[1] Solução do Estado único[2] |
Espectro político | Extrema-esquerda |
Ala paramilitar | Brigadas de Abu Ali Mustafa |
País | Palestina |
Afiliação nacional | Organização para a Libertação da Palestina Lista da Aliança Democrática |
Afiliação internacional | Seminário Comunista Internacional (extinto) Eixo da Resistência |
Conselho Legislativo | 0000000000000003 3 / 132 |
Página oficial | |
pflp | |
A organização foi fundada a 11 de Dezembro de 1967 por George Habash, um médico palestiniano de família de cristã ortodoxa como uma organização socialista-revolucionária fundada organização de resistência à ocupação da Cisjordânia por Israel, após a Guerra dos Seis Dias. Durante seu auge, era considerado o segundo maior movimento militante palestino.
A FPLP considera atualmente ilegais tanto o governo liderado pela Fatah na Cisjordânia como o governo do Hamas na Faixa de Gaza porque não se realizam eleições para a Autoridade Nacional Palestiniana desde 2006.[4] A FPLP tem geralmente adoptado uma linha dura em relação às aspirações nacionais palestinianas, opondo-se à posição mais moderada da Fatah, e também opõe-se à posição Hamas de criar um estado islâmico na Palestina, embora tanto o Hamas quanto o FPLP frequentemente cooperam contra Israel.[5] Não reconhece Israel e promove uma solução de Estado único para o conflito israelo-palestiniano, numa "Palestina democrática", onde "árabes e judeus viveriam sem discriminação".
A FPLP tem seu próprio braço armado, conhecido como as Brigadas de Abu Ali Mustafa (em árabe: كتائب أبو علي مصطفى, translit. Katāʾib Abū ʿAlī Muṣṭafā), conhecidas até 2001 como a Brigada da Águia Vermelha, que participa da luta armada contra o Estado de Israel desde 1967.[6] A FPLP é bem conhecida por ser pioneira no sequestro armado de aeronaves no final da década de 1960 e início da década de 1970. Um dos episódios mais emblemáticos foi o sequestro do voo 139 Air France, onde a FPLP levou o voo para Uganda, e subsequentemente Israel organizou uma operação de resgate complexa e bem-sucedida, conhecida como a Operação Entebbe.[7] A FPLP e a Brigada Abu Ali Mustafa recebem apoio militar e financeiro do Irã, e a organização se declara-se aliadas do Irã, da Síria e do Eixo da Resistência.[8][9]