Genocídio em Ruanda
genocídio contra os tutsis em Ruanda em 1994 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O genocídio de Ruanda, também conhecido como genocídio tútsi,[3] foi um massacre em massa de pessoas dos grupos étnicos tútsis, tuás e de hútus moderados em Ruanda, que ocorreu entre 7 de abril e 15 de julho de 1994 durante a Guerra Civil de Ruanda.[4]
Genocídio de Ruanda | |
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Um memorial às vítimas do genocídio em Nyamata, feito com o crânio das pessoas assassinadas. As caveiras mostram marcas de violência, como buraco de tiros e aberturas causadas por facões e machados. | |
Local: | Ruanda |
Contexto: | Guerra Civil de Ruanda |
Período: | 7 de abril – 15 de julho de 1994 |
Vítimas: | Tútsis, tuás e de hútus moderados |
Tipo de agressão: | Assassinato em massa |
Número de vítimas: | 491 000 – 1 006 354 tútsis[1] Até 1 143 225 mortos (vítimas totais)[2] |
Responsáveis: | Governo hútu Interahamwe |
O genocídio foi organizado por membros da elite política principal dos hútus, muitos dos quais ocupavam cargos nos níveis mais altos do governo nacional. A maioria dos historiadores concorda que um genocídio contra os tútsis havia sido planejado por pelo menos um ano.[5][6] No entanto, o assassinato do presidente ruandês Juvénal Habyarimana em 6 de abril de 1994 criou um vácuo de poder e encerrou os acordos de paz. Os assassinatos genocidas começaram no dia seguinte quando soldados, policiais e milícias executaram líderes políticos e militares tútsis e hútus moderados.
A escala e a brutalidade do massacre causaram choque em todo o mundo, mas nações ocidentais como Bélgica, França, Estados Unidos e outros ignoraram o massacre.[7][8][9][10] A maioria das vítimas foi morta em suas próprias aldeias ou cidades, muitas por seus vizinhos e companheiros de aldeia. Gangues hútus procuravam vítimas escondidas em igrejas e edifícios escolares. A milícia assassinou vítimas com facões e rifles.[11] Estima-se que 500 000 a 1 100 000 ruandenses foram mortos, cerca de 70% da população tútsi, embora historiadores atuais questionem estes números, afirmando que o total de fatalidades pode ter sido menor, não superando 800 000 no geral.[12][13] A violência sexual também foi abundante, sendo que estima-se que entre 250 000 e 500 000 mulheres tenham sido estupradas durante o genocídio.[14] O massacre terminou com a vitória militar da Frente Patriótica de Ruanda.
O genocídio teve efeitos duradouros e profundos em Ruanda e nos países vizinhos. Atualmente, o país tem dois feriados para lamentar o genocídio e a negação ou revisionismo histórico do genocídio é uma ofensa criminal.[15] Como resultado do genocídio, a comunidade internacional colaborou para estabelecer o Tribunal Penal Internacional.