Geologia de Vênus
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A geologia de Vênus (português brasileiro) ou geologia de Vénus (português europeu), também chamada de citerologia, oferece características superficiais impressionantes que contrastam tanto por sua beleza como por sua raridade. A maior parte do que sabemos atualmente sobre sua superfície provém de observações de radar, principalmente através das imagens enviadas pela sonda espacial Magellan desde o dia 16 de agosto de 1990 até finalizar a sua cobertura fotográfica no terceiro ciclo de mapeamento no dia 14 de setembro de 1992, quando a nave tivera algumas anomalias. No total mapeou 98% da superfície venusiana, dos quais 22% corresponde a imagens estereográficas.
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A superfície de Vênus, coberta por uma densa atmosfera (Figura 2), apresenta clara evidência de uma atividade vulcânica muito ativa no passado: vulcões em escudo e vulcões compostos como os que se encontram na Terra.
Sem dúvida, a diferença da Lua, Marte ou Mercúrio que sofreram um intenso período de craterização, Vênus tem uma baixa quantidade de crateras menores, porém se apresenta algumas de tamanho médio a grande, isto se explica pela densa atmosfera do planeta que vem desintegrando os meteoritos de menor envergadura.
Outras das características extraordinárias do planeta que por sua aparência se chamam coronae (coroas em latim) e outras figuras conhecidas como aracnoides por sua semelhança às teias de aranha. Também se encontram grandes rios de lava, evidência de erosão eólica e um tectonismo importante que em conjunto fazem da superfície de Vênus uma das mais complexas (Figura 3).
Apesar de que Vênus seja o planeta mais próximo da Terra (uns 40 milhões de quilômetros em conjunção inferior) e tenha uma grande semelhança com a Terra, toda a semelhança é externa: nenhuma sonda pode sobreviver mais do que algumas horas sobre a sua superfície, devido a enorme pressão atmosférica, que é 90 vezes superior à da Terra; além disso, a temperatura gira em torno dos 450°C, a qual é em grande parte ocasionada pelo efeito estufa , sustentado por uma atmosfera constituída principalmente de dióxido de carbono (96,5%).
As observações de sondas espaciais e as realizadas na Terra com telescópios mostram que o padrão em forma de Y gerado pelas nuvens se deve a que as camadas superiores se deslocam ao redor do planeta uma vez a cada 4 dias, o que sugere a presença de ventos de até 500 km/h, pelo qual se crê que é um importante fator na modificação do terreno.