Geração mimeógrafo
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A geração mimeógrafo foi a geração de artistas brasileiros inseridos no contexto da poesia marginal ou marginália, que recebeu esse nome em referência ao fato de estarem à margem do circuito editorial estabelecido. Esse foi um movimento artístico e cultural de contracultura que ocorreu no Brasil imediatamente após a Tropicália, durante a década de 1970, em razão da censura imposta pela Ditadura Militar, que levou intelectuais, professores universitários, poetas e artistas em geral, em todo o país, a buscarem meios alternativos de difusão cultural, notadamente o mimeógrafo, tecnologia mais acessível na época.[1][2][3][4]
A produção artística desta geração igualmente não circulava em tradicionais galerias. A geração mimeógrafo também se expressou através da música, do cinema e da dramaturgia, sendo a sua produção poética a mais lembrada, possivelmente por ser aquela produção mais adequada às restrições de suporte impostas pela página mimeografada. As outras artes podiam ser divulgadas, porém não poderíamos ouvir uma canção ou ver um filme em um pequeno jornal ou revista mimeografados, ou fotocopiados.[5] Sua produção literária não foi aceita por grandes editoras, pelo menos até 1975, quando a editora Brasiliense publicou o livro 26 Poetas Hoje, organizado por Heloísa Buarque de Hollanda.[6]
Dos principais artistas do movimento estão compositores e poetas como Ana Cristina César, Paulo Leminski, Chacal, Torquato Neto, Jards Macalé e Waly Salomão.[7][8]