Globo (empresa)
empresa de mídia brasileira; subsidiária do Grupo Globo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Globo é uma empresa de mídia e comunicação brasileira, pertencente ao Grupo Globo, fundada em 1 de janeiro de 2020 a partir da fusão das operações das empresas TV Globo, Globoplay, Globosat, Globo.com, Som Livre e DGCorp, que antes operavam de forma independente uma da outra.[4][5][6]
Globo | |
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Razão social | Globo Comunicação e Participações S.A.[1] |
subsidiária | |
Slogan | Fazer diferença é todo dia |
Atividade | mídia de massa |
Gênero | sociedade anônima |
Fundação | 1 de janeiro de 2020 (4 anos) |
Sede | Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Área(s) servida(s) | Mundo |
Proprietário(s) | Grupo Globo |
Presidente | Paulo Marinho |
Produtos | |
Marcas | |
Divisões | |
Lucro | R$ 1,25 bilhão (2022)[2] |
LAJIR | R$ 41 milhões (2022)[2] |
Faturamento | R$ 15,1 bilhões (2022)[3] |
Antecessora(s) | |
Website oficial | somos |
Projeto Uma Só Globo (2018-2021)
Em 24 de setembro de 2018, o Grupo Globo anunciou o projeto Uma Só Globo onde, em três anos, as operações de suas subsidiárias TV Globo, Globoplay, Globosat, Globo.com, Som Livre e DGCorp seriam integradas em uma única empresa,[6] sob a razão social Globo Comunicações e Participações S.A. e a marca Globo. As empresas-irmãs Editora Globo, Infoglobo, Sistema Globo de Rádio e Fundação Roberto Marinho não foram contempladas para o projeto e continuam operando independentemente. O processo de reestruturação foi feito com a consultoria da Accenture.[7]
Com esse movimento, a Globo vem buscando corte de despesas fixas em alinhamento com seu lucro líquido, além de ganhar mais dinamismo e se preparar para enfrentar a concorrência das novas plataformas de mídia que surgem, e que como tendência mundial, estão cada vez mais concentradas.[8] Esses cortes geraram ao longo do processo uma série de controvérsias relacionadas quanto a demissões em massa de funcionários das antigas empresas. No caso da TV Globo, chamou-se bastante atenção, já que se dispensou uma parcela significativa de seu elenco de artistas da emissora - muitos deles de longa data e outros ociosos - e passou a utilizar um modelo de contrato por obra, algo que era planejado há mais de 30 anos.
A fusão também teve impactos culturais de gestão, uma vez que para parte do público - de acordo com pesquisa do site NaTelinha - enquanto a antiga Globosat era considerada mais jovial, avançada e moderna, a Rede Globo tinha aspectos de repartição pública. Isso também era perceptível desde 2013, quando a emissora aberta consultou telespectadores, e concluiu-se que ela era vista pelo público jovem como "uma senhora rica, elegante e austera, sem muitas novidades e com uma programação engessada";[9] o que a motivou a realizar uma série de mudanças graduais tanto na comunicação com o público, quanto na identidade visual.
Em 4 de janeiro de 2021, é anunciada oficialmente a marca da nova Globo, como resultado da união da TV aberta, TV por assinatura, streaming e plataformas digitais. O projeto gráfico foi realizado por uma equipe multidisciplinar e teve como ponto de partida a opinião do público. Ele ilustra os valores da empresa compostos por brasilidade, proximidade, diversidade, senso de comunidade, liberdade e criatividade. A arquitetura da nova marca traz o uso de letras em caixa baixa para representar a proximidade com o público. As cores vibrantes refletem a natureza, e a tipografia arredondada foi idealizada para trazer a ideia de círculo e movimento.[4]
Empresa Mediatech
Um dos principais pontos da reestruturação é que ela passaria a se tornar uma empresa mediatech, visionando um futuro mais direcionado aos âmbitos digital e tecnológico. Nóbrega argumentou: "Nossos canais lineares falam com mais de 100 milhões de pessoas todos os dias no Brasil, o que demonstra a enorme relevância da televisão como a conhecemos, mas o conceito do que é televisão está se ampliando com rapidez".[10]
No dia 7 de abril de 2021, é anunciado um acordo de 7 anos com a plataforma Google Cloud. A parceria contempla a migração de 100% dos dados de seus data centers próprios para a nuvem da gigante tecnológica americana, assim como os seus conteúdos, produtos e serviços digitais da nova empresa; e abre possibilidades para a utilização de Inteligência Artificial e Machine Learning, incluindo no desenvolvimento de soluções e no processo de inovação da Globo.[11]
Venda da Som Livre
Ainda sob o processo de reestruturação da nova empresa, em 18 de novembro de 2020, o presidente Jorge Nóbrega anunciou que pretendia vender a gravadora Som Livre. Ainda no mesmo dia, colocou-se a marca em processo de valuation, para disponibilizá-la ao mercado.[12] A distribuidora global Believe foi uma das interessadas na aquisição, porém, em 1º de abril de 2021, foi anunciado que a gravadora foi adquirida pela Sony Music, em uma transação de estimadamente US$ 255 milhões. Nóbrega afirmou na aquisição: "Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo que a Som Livre representa para os brasileiros".[13][14]
Canais Globo
Televisão aberta
- TV Globo
- Futura (administrada pela Fundação Roberto Marinho)
Televisão fechada
Pay-per-view
Joint-ventures
Produtos & Serviços Digitais
Streaming
Criação & Produção de conteúdo
- Esporte Globo
- Estúdios Globo
- Globo Filmes
- Jornalismo Globo
Antigas propriedades
- Som Livre - vendida para Sony Music
- Paulo Marinho[5][15] (Presidente, Canais Globo)
- Paulo Tonet[16] (Vice-presidente, Relações Institucionais)
- Ali Kamel[17] (Coordenador do Conselho Editorial do grupo)
- Amauri Soares[18] (Diretor, TV Globo e dos Estúdios Globo)
- Claudia Falcão[5] (Diretora, Recursos Humanos)
- Erick Brêtas[5] (Diretor, Produtos & Serviços Digitais)
- Fernando Ramos[17] (Diretor, Parcerias Estratégicas de Distribuição)
- Manuel Belmar[5] (CFO - Diretor de Finanças, Jurídico & Infraestrutura)
- Manuel Falcão[19] (Diretor, Marca e Comunicação)
- Manzar Feres[20] (Diretora, Negócios Integrados em Publicidade)
- Pedro Garcia[5] (Diretor, Aquisição de Direitos)
- Raymundo Barros[21] (Diretor, Estratégia & Tecnologia)
- Renato Ribeiro[17] (Diretor, Esporte)
Notas e referências
Notas
- Joint-venture com os estúdios de cinema da Disney, Paramount Global, Comcast (Universal) e MGM.
Referências
- «Empresas do Projeto Uma Só Globo» (em inglês). Globo.com. Consultado em 3 de janeiro de 2021
- Góes, Francisco (28 de março de 2013). «Globo tem alta na receita e lucra R$ 1,25 bi». Valor Econômico. Globo.com. Consultado em 29 de março de 2023
- Ravache, Guilherme (28 de março de 2023). «Globo tem lucro de R$ 1,25 bilhão em 2022 e segue cortando custos». SPLASH. Universo Online. Consultado em 29 de março de 2023
- «Globo começa 2021 com nova marca». G1. Consultado em 4 de janeiro de 2021
- «Globo unifica marcas em uma mesma estrutura a partir de janeiro». Consultado em 4 de janeiro de 2021
- Cynthia Malta (8 de novembro de 2019). «Grupo Globo terá nova estrutura a partir de janeiro de 2020». Valor Econômico. Consultado em 28 de abril de 2021
- João Luiz Rosa (8 de novembro de 2019). «Reformulada, Globo avança na direção de se tornar 'media tech'». Valor Econômico. Consultado em 28 de abril de 2021
- «O que está por trás da megafusão da Globo?». G1. Globo. 17 de novembro de 2019. Consultado em 17 de janeiro de 2021
- «Jovens veem Globo como senhora rica e austera». Outro Canal - Folha de S. Paulo. 11 de setembro de 2013. Consultado em 19 de janeiro de 2021
- «Globo acelera projeto para ser mediatech». Tela Viva. 20 de setembro de 2020. Consultado em 10 de abril de 2021
- «Globo anuncia parceria estratégica de co-inovação e migração para nuvem com Google Cloud». Globo.com. Consultado em 10 de abril de 2021
- «Globo anuncia venda da gravadora Som Livre». Metrópoles. Consultado em 17 de janeiro de 2021
- «Som Livre é vendida pela Globo para a Sony Music Entertainment». Globo.com. Consultado em 2 de abril de 2021
- «Por que a Globo se desfez da Som Livre em um negócio de R$ 1,4 bilhão». Uol. Consultado em 2 de abril de 2021
- Castro, Daniel (14 de outubro de 2021). «Neto de Roberto Marinho vira presidente da Globo após fusões e demissões». Notícias da TV - UOL. Consultado em 1 de dezembro de 2021