A Guerra do Afeganistão de 1979–1989 (também chamada de Guerra Afegã-Soviética; em russo: Афганская война, transl. Afganskaya voiná, Guerra Afegã) foi um período do conflito civil na nação afegã marcado pelo envolvimento militar direto da União Soviética, que durou de 1979 a 1989. Travada no contexto da Guerra Fria, as forças soviéticas lutaram ao lado das tropas do governo marxista da República Democrática do Afeganistão contra grupos de guerrilheiros mujahidins de diversas nacionalidades. A maioria das facções de insurgentes da vertente sunita recebia apoio militar, na forma de armas e dinheiro, de nações vizinhas como o Paquistão, Arábia Saudita e a China,[23] contudo o mais crucial suporte logístico veio de nações ocidentais como os Estados Unidos, o Reino Unido e outros.[9][24][25] Os grupos xiitas receberam suporte de países como a República Islâmica do Irã.[26]
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Esta fase do conflito, que durou uma década, resultou em milhares de mortes (entre civis e combatentes) e outra grande parcela da população afegã fugiu do país, se refugiando em países como o Paquistão e o Irã.
As primeiras forças soviéticas entraram no Afeganistão em 24 de dezembro de 1979, sob a liderança do premier Leonid Brezhnev.[27] Já a retirada deu-se quase uma década mais tarde, a 15 de maio de 1988, completando-se a 15 de fevereiro de 1989, já com Mikhail Gorbachev no cargo de líder da União Soviética. Devido à própria natureza desta guerra, o conflito travado no Afeganistão é chamado de a "Guerra do Vietnã da União Soviética" ou "armadilha de urso".[28][29][30] Alguns estudiosos acreditam que o custo econômico e militar deste conflito contribuiu consideravelmente para o colapso da União Soviética em 1991.[31]