Guerra da Restauração
guerra entre Portugal e Espanha de 1640–1668 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Guerra de Restauração foi um conjunto de confrontos armados travados entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela, desencadeados após o início da Guerra dos Segadores (ou Sublevação do Principado da Catalunha), e que se estenderam por um período de 28 anos, entre 1640 e 1668.[3][4][5][6] Os confrontos tiveram início no golpe de estado da Restauração da Independência de 1 de dezembro de 1640 — que pôs fim à monarquia dualista da Dinastia Filipina iniciada em 1580 — e terminaram com o Tratado de Lisboa de 1668, assinado em nome de Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha, pelo qual ficou definitivamente reconhecida a independência do reino de Portugal.
Guerra da Restauração Guerra da Aclamação | |||
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revoluções contra o domínio espanhol | |||
Aclamação de D. João IV como rei de Portugal, pintado por Veloso Salgado (Museu Militar de Lisboa). | |||
Data | 1 de dezembro de 1640 – 13 de fevereiro de 1668 | ||
Local | Portugal e Espanha | ||
Desfecho | Vitória decisiva de Portugal:[1]
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Mudanças territoriais | Portugal cede a cidade de Ceuta a Espanha Portugal cede a vila de Ermesende | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
O período de 1640 a 1668 caracterizou-se por confrontos periódicos entre Portugal e Espanha, tanto com pequenos enfrentamentos como graves conflitos armados, dos quais muitos deles foram ocasionados por conflitos de Espanha e Portugal com potências não ibéricas. A Espanha participou na Guerra dos Trinta Anos até 1648 e na Guerra Franco-Espanhola até 1659, enquanto Portugal participou na Guerra Luso-Holandesa até 1663. A frente manteve-se estática, pois a Espanha esteve fundamentalmente à defensiva até 1659, dada a prioridade que a corte madrilena outorgou a sufocar a Sublevação da Catalunha.[7]
A designação Guerra da Restauração da Independência foi criada pelos historiadores portugueses do período romântico, no século XIX. Nos séculos XVII e XVIII, a guerra era conhecida, em Portugal e fora dele, como Guerra da Aclamação, referindo-se à Aclamação real do duque de Bragança como rei de Portugal.[8]