Guerra do Golfo

guerra entre o Iraque e as forças da coalizão liderada pelos americanos de 1990–1991 / De Wikipedia, a enciclopédia livre

A Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 até 28 de fevereiro de 1991) foi um conflito militar travado entre o Iraque e forças da Coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos e patrocinada pela Organização das Nações Unidas, com a aprovação de seu Conselho de Segurança, através da Resolução 678, autorizando o uso da força militar para alcançar a libertação do Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas iraquianas sob as ordens de Saddam Hussein.[1]

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Guerra do Golfo
WarGulf_photobox.jpg
No topo: Formação de aviões norte-americanos (2x F-16, 2x F-15C, 1x F-15E) voando sobre os poços de petróleo Kuwaitianos em chamas.
No meio à esq.: veículo de engenharia M728.
No meio à dir.: Soldados Britânicos. Em baixo à esq.: veículos Iraquianos destruídos na "rodovia da morte".
Em baixo à dir.: veiculo a ser atingido (imagem da câmara de aquisição de alvos da aeronave).
Data 2 de agosto de 1990 28 de fevereiro de 1991
Local Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Israel
Desfecho Vitória da Coalizão
Beligerantes
Flag_of_Kuwait.svg Kuwait
Flag_of_the_United_States.svg Estados Unidos
Flag_of_the_United_Kingdom_%283-5%29.svg Reino Unido
Flag_of_France.svg França
Flag_of_Saudi_Arabia.svg Arábia Saudita
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Iraque
Comandantes
Estados Unidos George H. W. Bush
Estados Unidos Dick Cheney
Estados Unidos Colin Powell
Estados Unidos Norman Schwarzkopf
Estados Unidos John J. Yeosock
Estados Unidos Walter E. Boomer
Estados Unidos Chuck Horner
Estados Unidos Stan Arthur
Estados Unidos J. William Kime
Kuwait Jaber Al-Ahmad Al-Sabah
Kuwait Saad al-Abdullah al-Salim al-Sabah
Arábia Saudita Rei Fahd
Arábia Saudita Saleh Al-Muhaya
Arábia Saudita Khalid bin Sultan
Reino Unido Margaret Thatcher
Reino Unido John Major
Reino Unido Peter de la Billière
Canadá Brian Mulroney
Bangladesh Hussain Muhammad Ershad
Bangladesh Shahabuddin Ahmed
França François Mitterrand
França Michel Roquejeoffre
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Saddam Hussein
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Ali Hassam al-Majid
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Izzat Ibrahim al-Douri
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Salah Aboud Mahmoud
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Hussein Kamel
Flag_of_Iraq_%281991%E2%80%932004%29.svg Abid Hamid Mahmud
Forças
956 600
(incluindo 700 000 americanos)
650 000
Baixas
Coalizão:
292 mortos (147 por fogo inimigo)
776 feridos
31 tanques destruídos ou avariados seriamente
75 aeronaves destruídas
Iraque:
25 000 a 50 000 mortos
+ 75 000 feridos
80 000 capturados
3 300 tanques destruídos
110 aeronaves destruídas
19 navios afundados
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Em 2 de agosto de 1990, o exército iraquiano invadiu e conquistou o Kuwait. Esta ação trouxe imediata e veemente condenação internacional, com os países do Conselho de Segurança da ONU impondo sanções econômicas contra o Iraque. Com apoio militar da premier britânica, Margaret Thatcher,[2] o presidente dos Estados Unidos, George H. W. Bush, enviou uma enorme quantidade de soldados das forças armadas estadunidenses para a Arábia Saudita e exortou nações amigas pelo mundo a fazer o mesmo. No final, mais de trinta países contribuíram com algum meio militar para a Coalizão, formando uma das maiores alianças militares que o mundo viu desde a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, a maioria esmagadora dos soldados que lutaram na guerra eram americanos, com o Reino Unido, os sauditas, a França e o Egito também contribuindo com várias unidades de combate. O Kuwait e a Arábia Saudita auxiliaram ainda a Coalizão com cerca de US$ 32 bilhões, com o esforço de guerra, como um todo, consumindo mais de US$ 60 bilhões no total.[3]

A Guerra do Golfo Pérsico foi uma das maiores campanhas militares da história moderna, com uma enorme mobilização de recursos humanos e materiais em um curto espaço de tempo, introduzindo no campo de batalha diversos novos meios bélicos e tecnologias sofisticadas de ponta, para a época. Novos vocábulos foram adicionados ao léxico global, como aviões stealth e bombas inteligentes.[4] Este conflito também foi um dos primeiros a ser mostrado ao vivo das linhas de frente, com transmissão via satélite, catapultando à notoriedade a rede de televisão CNN e o formato de "jornalismo 24 horas".[5][6][7]

A guerra em si viu cinco semanas de um intenso bombardeio aéreo por parte da Coalizão (de 17 de janeiro até 24 de fevereiro), seguido por menos de cem horas de campanha terrestre que resultou na rápida expulsão das forças iraquianas do Kuwait. No final, os aliados da Coalizão conseguiram uma avassaladora vitória, libertando o Kuwait, enquanto infligiam pesadas baixas nos iraquianos, embora suas próprias perdas tenham sido mínimas. Em 28 de fevereiro, a Coalizão internacional declarou que seus objetivos foram completados com a libertação do território kuwaitiano e a retirada das tropas de Saddam, firmando um cessar-fogo e encerrando as hostilidades. No decorrer da guerra, os combates se restringiram a apenas o Iraque, Kuwait e a regiões de fronteira saudita. O Iraque tentou atrair Israel para a guerra ao lançar mísseis Scud contra o seu território, tendo como objetivo tentar causar uma cisão entre as potências ocidentais e seus aliados árabes.[8]

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