Haiku

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Haiku (俳句? Loudspeaker.svg? ouça) é uma forma curta de poesia japonesa. É tradicionalmente caracterizada por três aspectos:

  • A essência do haiku é o "corte" (kiru).[1] Isto é geralmente representado pela justaposição de duas imagens ou ideias e um kireji ("palavra que corta") entre elas,[2] um tipo de marca de pontuação verbal que sinaliza o momento da separação e destaca a maneira pela qual os elementos justapostos são relacionados.
  • O haiku tradicional consiste de 17 on (também conhecida como mora), em três frases de 5, 7 e 5 on respectivamente,[3] embora existam autores críticos com a distribuição de sílabas como Vicente Haya ou Jaime Lorente.[4][5]
  • Um kigo (referência sazonal), normalmente gerado de um saijiki, uma lista extensiva e definitiva de tais palavras.
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Haiku por Matsuo Bashō: pétala a pétala / caem rosas amarelas – / o som da cascata (tradução de Leonilda Isidoro Alfarrobinha)[6]

O haiku japonês moderno (現代俳句 gendai-haiku?) está gradativamente usando menos a tradição de 17 on ou usando a natureza como assunto, mas o uso da justaposição continua em voga tanto no haiku tradicional quanto no moderno.[7] Há uma percepção comum, embora relativamente recente, de que as imagens justapostas devem ser objetos ou ocorrências diretamente observados no dia a dia.[8]

Em japonês, os haikus são tradicionalmente impressos em uma linha vertical única, enquanto o haiku ocidental geralmente aparece em três linhas paralelas, uma para cada das três frases do haiku japonês.[9]

Anteriormente chamado de hokku, o haiku recebeu seu nome atual pelo escritor japonês Masaoka Shiki no final do século XIX.