Henoteísmo
crença em um deus primordial, não exclusivamente único / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Henoteísmo (do grego transliterado hen theos, "um deus") é o culto de um único deus sem se negar a existência de outras divindades.[6][7] Friedrich Schelling (1775–1854) cunhou o termo (em alemão: Henotheismus) na obra Filosofia da Mitologia (1842), sob uma perspectiva progressiva do politeísmo em evolução ao monoteísmo,[8] e Friedrich Welcker (1784–1868) o usou para descrever o monoteísmo primordial entre os antigos gregos.[9] O termo foi popularizado pelo orientalista e estudioso das religiões Max Müller (1823-1900) para designar a crença em um deus único, mesmo aceitando a existência possível de outros deuses.[10] Seu objetivo era estudar comparativamente as religiões orientais e o monoteísmo judaico, islâmico e cristão, contestando a superioridade teológica deste perante outras concepções de divindade. Müller também cunhou o conceito catenoteísmo (mais tarde abandonado por ele) para aplicá-lo às religiões védicas, o que já foi visto como uma definição idêntica à de henoteísmo.[8] Termos equivalentes a essa ideia são "monoteísmo inclusivo" e "politeísmo monárquico".[11] Nesse sentido, um "deus" pode se referir a uma personificação (entre outras) do Deus supremo, mas também pode-se atribuir a esse Deus o poder de assumir múltiplas personalidades.