História comparada
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A História Comparada é um método historiográfico que se caracteriza por uma abordagem empírica baseada no método comparativo: a comparação das diferentes sociedades que existiram durante um mesmo período ou compartilharam condições culturais semelhantes. A história comparada das sociedades surgiu como uma importante especialidade entre os intelectuais do Iluminismo no século XVIII, como Montesquieu, Voltaire e Adam Smith, entre outros. No século XIX, sociólogos e economistas, recorreram muitas vezes à história comparada, como foram os casos de Alexis de Tocqueville, Karl Marx e Max Weber. Na primeira metade do século XX, as histórias comparadas de Oswald Spengler, Pitirim Sorokin e, sobretudo, de Arnold J. Toynbee tiveram algum sucesso de público.
Henri Pirenne, um dos defensores dessa forma de escrita historiográfica, afirmava que os métodos "tradicionais" de pesquisa focada em locais determinados dentro das fronteiras nacionais contribui para uma visão nacionalista que acabava gerando "preconceitos políticos e de raça", dessa forma o ideal seria a produção de uma história universal que abrangesse e relacionasse as sociedades estudadas.[1] Marc Bloch, outro reconhecido historiador também foi uma adepto da história comparada, afirmando que através de comparações seria possível encontrar uma origem semelhante de determinados costumes e/ou comportamentos, assim, ao considerar as relações e trocas culturais ocorridas entre populações que estavam em constantes relações, seria possível identificar influências e o início desses costumes.[2]