História de Chipre
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Habitada desde o VII milênio a.C., os primeiros habitantes conhecidos da ilha de Chipre datam do período Neolítico (8 200 a 3 800 a.C.). Os primeiros sinais de ocupação permanente da época seguinte, o Calcolítico, foram descobertos junto de minas de cobre onde este era extraído em pequenas quantidades, o que não implicou mudanças significativas na vida cotidiana destes povos em relação ao período anterior: em ambos os primeiros cipriotas viviam em abrigos de uma só divisão, usam utensílios e ferramentas de pedra, tinham joalharia de piroclite, comiam peixe, cereais, carneiro e cabra, e enterravam os mortos nos locais em que viviam. Várias escavações têm demonstrado que durante o Neolítico e a Calcolítico os cipriotas tinham uma cultura avançada e uma sociedade estruturada, e a mais antiga cerâmica é datada do quinto milénio a.C.
A introdução deste artigo não fornece contexto suficiente àqueles que não são familiares ao assunto. (Novembro de 2012) |
As primeiras mudanças culturais significativas, que atingiram todos as características da sociedade, terão ocorrido por volta de 2 400 a 2 200 a.C., no fim do Calcolítico e início da Idade do Bronze: em vez de habitações rudimentares redondas, passaram a construir-se habitações de forma oblonga com múltiplas divisões, iniciou-se a joalharia com o cobre, aplicou-se o arado na agricultura e os mortos passaram a ser enterrados em cemitérios organizados. Apesar destes desenvolvimentos terem contribuído para o desenvolvimento económico que ocorreu durante os dois períodos iniciais da Idade do Bronze, o Antigo (2 400 a 1 900 a.C.) e o Médio (1 900 a 1 650 a.C.), as pessoas ainda viviam em pequenas comunidades rurais e dispersas pelo interior da ilha. A comunicação e o comércio internos e exteriores à ilha eram muito limitados.
A Idade do Bronze tardia (1 650 a 1 050 a.C.) é o período da história do Chipre em que existem provas irrefutáveis de que terá existido um desenvolvimento considerável, através da fundação de comunidades costeiras, mineração mais intensa de cobre e outros metais, desenvolvimento da escrita, e contacto e comércio com outras regiões do Mediterrâneo Oriental.
A partir do século XIII a.C., o Chipre começou a ser colonizado por vagas sucessivas de aqueus, colonos vindos da Grécia, introduzindo a língua e a cultura gregas. A olaria micénica é importada em grandes quantidades do mar Egeu, e usada tanto na vida quotidiana como em cerimoniais religiosos. É também reproduzida localmente, e os seus padrões e estilos incorporados na cerâmica tradicional cipriota.