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industriário, sindicalista e político brasileiro, governador e senador pelo Estado da Bahia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Jaques Wagner GCMD (Rio de Janeiro, 16 de março de 1951) é um político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi governador da Bahia de 2007 a 2014 e Ministro-Chefe da Casa Civil de 2015 a 2016. Nas eleições de 2018, foi eleito senador pela Bahia.[2]
Jaques Wagner | |
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Senador pela Bahia | |
Período | 1º de fevereiro de 2019 a atualidade |
46.º Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil | |
Período | 2 de outubro de 2015 a 16 de março de 2016 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Aloizio Mercadante |
Sucessor(a) | Luiz Inácio Lula da Silva (posse suspensa) |
8.º Ministro da Defesa do Brasil | |
Período | 1° de janeiro de 2015 a 2 de outubro de 2015 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Celso Amorim |
Sucessor(a) | Aldo Rebelo |
50.º Governador da Bahia | |
Período | 1º de janeiro de 2007 a 1º de janeiro de 2015 |
Vice-governador | Edmundo Santos (2007–2011) Otto Alencar (2011–2015) |
Antecessor(a) | Paulo Souto |
Sucessor(a) | Rui Costa |
1.º Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil | |
Período | 20 de julho de 2005 a 31 de março de 2006 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Sucessor(a) | Tarso Genro |
52.º Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil | |
Período | 1º de janeiro de 2003 a 23 de janeiro de 2004 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Paulo Jobim Filho |
Sucessor(a) | Sandra Meira Starling (interina) Ricardo Berzoini (definitivo) |
Deputado federal pela Bahia | |
Período | 1º de fevereiro de 1991 a 1º de fevereiro de 2003 |
Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico da Bahia | |
Período | 21 de janeiro de 2017 a 6 de abril de 2018 |
Governador | Rui Costa |
Antecessor(a) | Jorge Hereda |
Sucessor(a) | Paulo Guimarães |
Dados pessoais | |
Nascimento | 16 de março de 1951 (73 anos) Rio de Janeiro, DF |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito da Defesa[1] |
Primeira-dama | Fátima Mendonça |
Partido | PT (1980-presente) |
Religião | judaísmo |
Profissão | político, ex-sindicalista |
Nascido no Rio de Janeiro, em 16 de março de 1951, filho de Joseph Wagner e Cypa Perla Wagner, imigrantes judeus poloneses. Estudou sete anos (1962–1968) no Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ).[3][4] É casado com Maria de Fátima Carneiro de Mendonça, tem três filhos e um enteado.
Seu envolvimento na política se inicia a partir de 1969 no movimento estudantil, quando ingressou no diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio).[5] Entretanto, em 1973 abandona o curso de engenharia e sai do Rio de Janeiro temendo ser preso pelos órgãos repressivos da ditadura.[6] Jaques Wagner então ficou um breve período no Estado de Minas Gerais antes de se mudar em definitivo para a Bahia, próximo do Subúrbio Ferroviário de Salvador, onde ingressaria na indústria petroquímica no polo de Camaçari, na região metropolitana da capital, onde se tornou técnico em manutenção. Começou a atuar no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica-BA), do qual foi diretor e presidente. Conheceu Luiz Inácio Lula da Silva em um congresso de petroleiros e em 1980 ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado da Bahia e foi o primeiro presidente de ambas no Estado.[6]
Filiado ao partido desde então, Jaques Wagner foi eleito deputado federal em 1990, sendo reeleito em 1994 e 1998.[7] Depois de três mandatos como deputado, concorreu a prefeitura de Camaçari e ao governo da Bahia em 2000 e 2002 respectivamente, e em ambos foi derrotado.
Em 2003, foi convidado por Lula para a função de Ministro do Trabalho[8] e posteriormente, em 2005, tornou-se ministro das Relações Institucionais, assumindo a coordenação política do governo e suas relações com o Congresso Nacional. Ainda comandou a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.[9] Como ministro, foi condecorado em novembro de 2005 pelo presidente Lula com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito da Defesa.[1]
Jaques Wagner foi eleito governador do estado, em outubro de 2006, apoiado por uma coligação formada pelo PT, PV, PPS, PCdoB, PTB, PMN e PMDB. A coligação não teve candidato a senador, mas apoiou informalmente o ex-governador João Durval Carneiro, eleito pelo PDT. Apesar de as pesquisas indicarem uma vitória no primeiro turno e com ampla vantagem do seu adversário e predecessor no cargo, Paulo Souto, Jaques venceu com 52,89% dos votos válidos, num total de 3 242 336 votos impondo a mais contundente derrota à hegemonia do carlismo nas eleições da Bahia em décadas. Muitos acreditam que a vitória de Wagner se deveu ao alinhamento com o presidente Lula. A vitória de Jaques Wagner foi apontada pela imprensa nacional como o fim do carlismo, ou seja, da forte influência do ex-governador Antônio Carlos Magalhães (ACM) na estrutura de governo do estado da Bahia.[10] O próprio Jaques Wagner tratou de explicar, numa entrevista concedida à revista Caros Amigos, que sua vitória não foi surpresa para ele, uma vez que o grupo liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães arregimentava sempre cerca de 30 por cento dos votos em todas as eleições. Em dezembro de 2006, seguindo o modelo do governo Lula, Wagner anunciou que pretende ter sob sua responsabilidade direta a administração dos recursos financeiros estaduais destinados a ações sociais.
Em 2010, Jaques foi reeleito governador da Bahia, em primeiro turno, com 63,83% dos votos válidos.[11]
Uma das obras mais elogiadas da gestão Wagner é o Hospital do Subúrbio. Inaugurado em 2010, no subúrbio da cidade de Salvador, foi o primeiro hospital do país a ser construído em parceria público-privada (PPP).[12] Com um atendimento considerado de excelência, o centro de saúde realiza inúmeros procedimentos, tem equipamentos de ponta e é administrado pela iniciativa privada em um regime de concessão. Apesar do atendimento de excelência, principalmente em uma região pobre e periférica, o que não é usual na Bahia, o hospital ainda é uma obra criticada pelo fato de ter sido concedido. Opositores da política do governo acreditam que foi uma forma de privatização do setor da saúde. A instituição fica em um local não muito acessível e de difícil acesso, mas devido ao bom atendimento, tem sempre grande demanda.
Em 2012, ocorreram greves da Polícia Militar e dos professores do estado, essa última com duração de 115 dias (a maior da história da Bahia)[13] as quais desgastaram a imagem de Wagner.[14] Apesar de durante o movimento paredista dos policiais terem sido registrados no estado 172 homicídios, o fato de o líder da greve, o vereador Marco Prisco, ter sido flagrado combinando atos de vandalismo para potencializar o movimento grevista,[15] de certa forma, diminuiu a atenção negativa dada para Jaques Wagner durante o episódio. No entanto, ainda assim, seus opositores políticos e parte da sociedade continuam achando que o governador geriu a questão de forma ineficiente. Logo depois que a greve acabou, Wagner se defendeu e exaltou a forma como o seu governo lidou com a paralisação policial.[16]
Em 2014, a Polícia Militar realizou outra greve no estado, que só durou três dias. Assim que o movimento começou, Wagner pediu a ajuda da Força Nacional,[17] que se deslocou para a Bahia, apesar de não ter diminuído a insegurança da população. Durante o período de paralisação ocorreram 59 homicídios e 156 carros roubados. Desta vez, a imagem do governante não ficou tão arranhada, principalmente devido à prisão de Prisco,[18] mas trouxe novamente à tona a questão da falência da segurança pública no estado, considerado o “calcanhar de aquiles” do governador e que fica como legado para o candidato do PT ao governo da Bahia, Rui Costa (eleito na sucessão estadual).[19] No entanto, Wagner e o secretário de segurança pública do estado, Maurício Barbosa, sempre argumentam que a violência aumentou em todo o Brasil e que o caso da Bahia não é especial.
Em 23 de dezembro de 2014, foi indicado para assumir o Ministério da Defesa em substituição ao ministro Celso Amorim, no segundo mandato do Governo Dilma Rousseff.[20] Ficou até 2 de outubro de 2015 quando foi indicado para Casa Civil, como parte da reforma ministerial promovida pela presidente.[21]
Em março de 2016, abriu mão do cargo de Ministro da Casa Civil em favor do ex-presidente Lula, sendo nomeado pela então Presidente Dilma para o recém criado cargo de Ministro Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Permaneceu no cargo até o afastamento de Dilma da Presidência, em 12 de maio do mesmo ano.
Jaques Wagner em junho de 2018 defendeu o apoio à candidatura de Ciro Gomes para presidente, mas apoiou o candidato do partido, Fernando Haddad[22][23] e foi lançado candidato a Senador pelo estado da Bahia, pelo Partido dos Trabalhadores na Bahia, tendo sido foi eleito com 4.253.231 de votos e 35,71% dos votos válidos.
No decorrer de 2021, seu nome passou a ser destacado como candidato ao governo da Bahia nas eleições de 2022,[24] mas retirou sua pré-candidatura em fevereiro de 2022.[25]
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