Língua tigré
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A língua tigreia ou língua tigré (ትግረ, tigre ou ትግሬ, tigrē IPA: [tɨgɾe][2]; também conhecida como xasa no Sudão, no alfabeto árabe ألخاصية, ḫāṣiyah[3]) é uma língua semítica pertencente à família etiópica setentrional, sendo assim próxima à língua ge'ez e à língua tigrínia. É falada por aproximadamente 800 mil pessoas na Eritreia,[1] contando ainda com um reduzido grupo de falantes no Sudão. É a língua falada pelo povo tigré e é utilizada como segunda língua por parte do povo nara.[4] A língua, os falantes e o território do Tigrés não devem ser confundidos com o povo tigrínio, que também vive na Eritreia e que fala a língua tigrínia, nem com a região de Tigré, na Etiópia.
Tigré ቲግሬ Tigre, ኻሳ Xasa | ||
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Falado(a) em: | Eritreia, Sudão | |
Total de falantes: | 825 mil[1] | |
Família: | Afro-asiática Semítica Meridional Etiópica Etiópica setentrional Tigré | |
Escrita: | ge'ez árabe | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | -- | |
ISO 639-2: | tig | |
ISO 639-3: | tig
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O tigré é uma das nove línguas reconhecidas oficialmente na Eritreia,[5] cuja constituição prevê que a "igualdade entre todas as línguas eritreias é garantida".[6] A língua está no nível 4 da escala EGIDS, que mede o grau de desenvolvimento e perigo de extinção de uma língua. Nessa posição, a língua é tida como sem perigo de extinção, sendo utilizada institucionalmente, para além das famílias e comunidades.[1]
Desde o século XIX, a língua tigré tem sido escrita no alfabeto ge'ez, utilizado em outras línguas etiópicas como o tigrínia e o amárico. Essa escrita foi introduzida por missionários suecos para traduzir a Bíblia nessa língua.[7] No entanto, por questões políticas e religiosas, muitos tigrés muçulmanos preferem o uso do alfabeto árabe.[8]