Levante dos Tupinambás
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Levante Tupinambá (1617-1621), também chamado de Revolta dos Tupinambá, aconteceu no dia 13 de janeiro de 1618 e foi liderado pelo tuxaua (cacique) Guaimiaba
(Cabelo de Velha). que reuniu diversos grupos indígenas nativos da movimentada região de Mairi (atual cidade de Belém do Pará)[1] para travar uma luta contra os portugueses, devido aos abusos cometidos por estes colonizadores ao explorarem a mão de obra indígena na Conquista do Pará. Movimento marcante dentre uma série de levantes que ocorreram na região no período de 1617 à 1619. As disputas culminaram no ataque em janeiro de 1619 dos tupinambá ao Forte do Presépio (fortificação portuguesa), localizado às margens da baía do Guajará.[2]
No início do século XVII, os portugueses faziam expedições pelo território brasileiro. Onde a região do extremo norte do país estava invadida por ingleses e holandeses, que criaram feitorias para explorar a matéria-prima que seria vendida na Europa. Assim, os portugueses iniciaram campanhas militares para fortalecer o domínio no território amazônico e garantir a exploração dos recursos naturais local (drogas do sertão),[3][4] devido a perda de concorrência no mercado asiático para os holandeses. Onde em 1580 ocorreu a invasão portuguesa e a implantação de um núcleo colonial com o capitão Castelo Branco e,[5] em 1616, os colonos fundaram a cidade de Belém e se assentaram na Amazônia, com o objetivo de proteger a entrada do Rio Amazonas. Fizeram aliança com os tupinambás nativos do local (povo formado a partir da migração de Tupis que habitavam o litoral nordestino).
A aliança com os tupinambás do Pará, foi mediada pela etnia do Maranhão que já tinha uma relação com os estrangeiros, buscando benefícios no comércio e nas guerras. Porém os colonos passaram, então, a escravizar os tupinambás, assim como fizeram com indígenas do nordeste do país, a primeira a ser conquistada.
Os abusos da escravidão resultaram na união contra os portugueses. Os indígenas capturados sofriam com imposições físicas, culturais e religiosas por parte dos portugueses, via missionários franciscanos e jesuítas, além de servirem como mão de obra na produção colonial. Os levantes resultaram em massacres e prisões de nativos, que serviam de tropas para as disputas dos portugueses.