Lista de indicações brasileiras ao Oscar
artigo de lista da Wikimedia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Esta é uma lista das indicações brasileiras ao Oscar. A estreia do Brasil na maior premiação do cinema mundial ocorreu em 1945, quando a composição “Rio de Janeiro”, do brasileiro Ary Barroso, disputou a estatueta de Melhor Canção Original pelo filme norte-americano Brazil. Em 1960, o drama ítalo-franco-brasileiro Orfeu Negro venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional, mas representando a França, não o Brasil. Já em 1963, o país teve seu próprio representante entre os melhores filmes estrangeiros do ano com a obra O Pagador de Promessas.[1] A coprodução brasileira Raoni, que mostra a vida do líder indígena brasileiro Raoni Metuktire, disputou a categoria de Melhor Documentário em 1979. Três anos depois, o Brasil voltou a marcar presença na categoria de Melhor Documentário, dessa vez a brasileira Tetê Vasconcellos concorreu por seu trabalho em El Salvador: Another Vietnam. Em 1986, a coprodução brasileira O Beijo da Mulher-Aranha recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para o brasileiro naturalizado Héctor Babenco.[2] Em 1993, a brasileira Luciana Arrighi consagrou-se vencedora do Oscar de Melhor Direção de Arte pelo drama inglês Howards End; ela ainda concorreu ao prêmio em outras duas ocasiões. Ainda nos anos 90, três representantes brasileiros disputaram a estatueta de Melhor Filme Internacional: O Quatrilho (em 1996), O Que É Isso, Companheiro? (em 1998) e Central do Brasil (em 1999), sendo que este último rendeu ainda uma indicação de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro.
Em 2001, o cinema brasileiro foi indicado ao Oscar de Melhor Curta-metragem em Live-action com Uma História de Futebol. Em 2004, uma surpresa: Cidade de Deus, ignorado como Melhor Filme Internacional no ano anterior, recebeu quatro indicações nas categorias principais: Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição. No ano seguinte, o filme Diários de Motocicleta disputou dois Oscars e, apesar de nenhum recipiente ter sido brasileiro, a obra foi dirigida pelo carioca Walter Salles (o mesmo responsável por Central do Brasil).
Na década de 2010, duas coproduções brasileiras não-ficcionais, que narram a história de vida de artistas brasileiros, concorreram como Melhor Documentário; a primeira Lixo Extraordinário (sobre o artista plástico paulista Vik Muniz), e a segunda O Sal da Terra (sobre o fotógrafo mineiro Sebastião Salgado). Na edição do Oscar 2016, O Menino e o Mundo foi nomeado a Melhor Filme de Animação.[3] Trata-se da primeira produção brasileira indicada ao Oscar de animação. Carlos Saldanha já dirigiu quatro filmes indicados ao Oscar (Ice Age, Gone Nutty, Rio e Ferdinand). Em 2018, a coprodução envolvendo vários países, inclusive o Brasil, Me Chame Pelo Seu Nome, foi indicada em quatro categorias, tendo vencido a de Melhor Roteiro Adaptado. Em 2020, Democracia em Vertigem, de Petra Costa, foi indicado na categoria de Melhor Documentário.