Thomas Cochrane, 10.º Conde de Dundonald
Militar e nobre britanico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Thomas Cochrane, 10.º Conde de Dundonald e Marquês do Maranhão GCB ODM IOC GCMC (Annsfield, 14 de dezembro de 1775 – Londres, 31 de outubro de 1860) foi um oficial naval e político britânico que desempenhou um papel importante nas histórias militares do Reino Unido, Chile, Brasil e Grécia. Filho de um aristocrata escocês, Cochrane entrou na Marinha Real Britânica ainda jovem e destacou-se rapidamente como um bom navegador e estrategista.
Thomas Cochrane | |
---|---|
Retrato por James Ramsay | |
Nome completo | Thomas Cochrane |
Apelido | "O Lobo do Mar" |
Nascimento | 14 de dezembro de 1775 Annsfield, Lanarkshire, Grã-Bretanha |
Morte | 31 de outubro de 1860 (84 anos) Londres, Reino Unido |
Progenitores | Mãe: Anne Gilchrist Pai: Archibald Cochrane, 9.º Conde de Dundonald |
Cônjuge | Katherine Barnes (1812–1860) |
Filho(a)(s) | Thomas Cochrane, 11.º Conde de Dundonald William Cochrane Elizabeth Cochrane Katharine Cochrane Arthur Cochrane Ernest Cochrane |
Serviço militar | |
País | Grã-Bretanha Reino Unido Chile Brasil Grécia |
Serviço | Marinha Real Britânica Armada Chilena Armada Imperial Brasileira Marinha Real Grega |
Anos de serviço | 1793–1860 |
Patente | Almirante |
Conflitos | Guerras Napoleônicas Independência do Chile Independência do Peru Independência do Brasil Confederação do Equador Independência da Grécia |
Condecorações | 1.º Almirante da Armada Imperial Brasileira |
Seu primeiro comando foi o brigue HMS Speedy, com o qual Cochrane conseguiu capturar mais de cinquenta navios inimigos durante as Guerras Napoleônicas, mais notavelmente a fragata espanhola El Gamo. Na sequência ele comandou o HMS Arab, o HMS Pallas e o HMS Imperieuse, atacando guarnições costeiras francesas e espanholas e capturando navios inimigos ancorados. Ele também participou da política, sendo eleito para a Câmara dos Comuns defendendo combate à corrupção e reformas parlamentares e no Almirantado.
Cochrane acabou expulso do parlamento e degradado da marinha em 1814 após acusações de fraude na Bolsa de Valores de Londres, sendo depois multado e preso. Ele mesmo assim conseguiu ser reeleito e tentou continuar sua carreira política, porém foi alvo de ataques e rumores por parte de seus oponentes. Ao ser libertado aceitou a proposta dos patriotas chilenos para organizar e comandar sua marinha, chegando a Valparaíso em novembro de 1818 e retomando sua guerra costeira.
Em fevereiro de 1820 capturou a cidade de Valdivia e em seguida participou de uma expedição para libertar o Peru, auxiliando José de San Martín a declarar a independência do país. Entretanto sua personalidade forte entrou em conflito com políticos chilenos e assim ele foi para o serviço do imperador D. Pedro I do Brasil em 1823, comandando a Armada Imperial Brasileira na Guerra da Independência do Brasil e na Confederação do Equador.
Cochrane voltou para o Reino Unido em 1825, porém logo foi contatado pela Grécia, que também tentava alcançar sua independência. Ele assumiu um papel ativo na campanha militar e foi essencial na construção e entrega do Karteria, o primeiro navio de guerra a vapor do mar Mediterrâneo, entretanto seus sucessos foram poucos e Cochrane acabou culpado pelo fracasso grego na Batalha de Falero. Ele renunciou seu posto ao final do confronto e voltou para o Reino Unido, onde recebeu o perdão do rei Guilherme IV e retornou à Marinha Real como contra-almirante.
Cochrane herdou o título de Conde de Dundonald e passou a concentrar seu tempo em pesquisas científicas para aplicação marítima, raramente servindo a bordo de um navio. Sua saúde começou a piorar no final de sua vida, morrendo aos 84 anos de idade durante uma cirurgia de cálculo renal.