Lucila Nogueira
escritora brasileira / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Lucila Nogueira (Rio de Janeiro, 30 de março de 1950 — Recife, 25 de dezembro de 2016)[1][2] foi uma poetisa, ensaísta, contista, professora universitária, crítica literária e tradutora brasileira. Além de sua carreira literária e acadêmica, foi promotora de justiça em Pernambuco.
Lucila Nogueira | |
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Lucila Nogueira aos vinte anos. | |
Nascimento | 30 de março de 1950 Rio de Janeiro |
Morte | 25 de dezembro de 2016 (66 anos) Recife |
Nacionalidade | Brasileira |
Cônjuge | Sérgio Moacir de Albuquerque |
Ocupação | Poetisa, ensaísta, contista, professora universitária, crítica, tradutora e promotora de justiça. |
Principais trabalhos | Oralidade e folclore nordestino na poesia de Ascenso Ferreira (1988); Ilaiana (1997-2000 2ª.ed.); Imilce (1999-2000 2ª.ed.); A Quarta Forma do delírio (2002 - 1ª. 2ª.ed.); Estocolmo (2004-2005 2ª.ed.). |
Prémios | Prêmio Literário Othon Bezerra de Mello (1988) |
De origem luso-galega, leia-se Régua e Padrón, tem vinte e cinco livros de poesia publicados e vários de ensaio, além de muitos artigos em livros, revistas impressas e online. Nascida no Rio de Janeiro e radicada no Recife, tem reunidos, em volume único, os livros Ainadamar, Ilaiana, Imilce e Amaya, a chamada "tetralogia ibérica", que constitui um diálogo intercultural realizado a partir das suas raízes galegas, lusitanas e brasileiras.
Viveu no Rio de Janeiro com intervalos de permanência entre essa cidade e o Recife. Foi também tradutora, editora e contista, além de professora de literatura brasileira,[3] literatura portuguesa, literaturas africanas, literatura pernambucana, criação literária e teoria literária na graduação do Curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco; na pós-graduação desenvolve as linhas de literatura comparada, literatura-sociedade-e memória, imaginários culturais, lecionando disciplinas como teoria da poesia, teoria da ficção, ideologia e literatura, literatura e loucura, literaturas de expressão portuguesa do século XX e literatura hispano-americana.[1]
Seu livro Zinganares foi publicado e lançado em Lisboa em 1998, na embaixada do Brasil. Escritora residente em Saint-Nazaire, França, em 1999, tem poemas e contos publicados na França, Espanha, Colômbia, México, Panamá, Estados Unidos, Turquia e Portugal. Foi a primeira brasileira a participar do Festival Internacional de Poesia de Medellin, em sua XVI versão (2006) considerado o maior do mundo em público e participantes. Representou igualmente o Brasil no XII Festival Internacional de Poesia de La Habana, no XV Encuentro de Mujeres Poetas en el País de las Nubes, realizado em Oaxaca, México, onde desenvolveu sua Oficina de Poesia e Conto para crianças e adolescentes das comunidades indígenas mexicanas; representou, também no México, o Brasil no IV Encuentro Iberoamericano de Poesía Carlos Pellicer Câmara, em Vila Hermosa, estado de Tabasco, onde atuou em oficina literária de capacitação para docentes, todos os eventos em 2007. O livro Tabasco foi escrito durante sua permanência no México. Convidada, nesse mesmo ano, a ser única representante de seu país na Venezuela, no Festival Internacional de Poesia de Caracas, não pôde comparecer, por questões de saúde, editando no Brasil o livro-recital, que forma trilogia com os de Medellin e Havana. Representou, finalmente, o Brasil no V Festival Internacional de Poesia de Granada, Nicarágua, em 2009, no II FipLima-Festival Internacional de Poesia do Peru (2013) com publicação de poemas na Revista Fórnix e I Festival de Poesia de Houston (2013) com lançamento de coletânea trilingue naquela cidade americana. Ainda nesse ano foi curadora da I Mostra de Literatura de Cordel na Universidade de Macau, evento em que ofereceu oficina de poesia e palestra com publicação e lançamento da plaquete Força e Permanência da Literatura de Cordel (2013).
Está incluída na Antologia de Poetas Brasileños editada em Madrid em 2007 pela Huerga y Fierro Editores e na Anthologie Poétique Nantes Recife, édition de la Maison de la Poésie de Nantes com a prefeitura do Recife, no mesmo ano. Seu Poema Rua do Lima está publicado na Colômbia/Panamá, antologia Las Palabras pueden: los escritores y la infancia (2007); foi publicado, na mesma altura, o conto Luz vermelha na calle Paraguai no México, número 105 revista Blanco Móvil. Seu livro Saudade de Inês de Castro foi publicado em 2008 pelas Éditions Lusophone, Paris. Poemas publicados na revista portuguesa A Idéia (vol 73/74-2014) e na revista turca (2013).
Organizou edições, congressos e eventos culturais. Manteve durante vários anos a Oficina Lucila Nogueira de Poesia e Conto, desenvolvida em módulos em várias instituições. Participou da primeira comissão artística do prêmio de Literatura da Portugal Telecom e integrou a equipe brasileira do Seminário Internacional de Lusografias, coordenou por três anos o Seminário de Estudos Literários Contemporâneos em sua universidade e foi por dois anos Curadora Literária da Fliporto (Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas, Pernambuco), que em 2007 prestou homenagem à literatura hispano-americana e em 2008 à literatura africana contemporânea. Membro e representante para norte e nordeste em seu país do Pen Clube do Brasil, com sede no Rio de Janeiro.
Ocupava a Cadeira 33 da Academia Pernambucana de Letras, eleita em março de 1992, e era sócia-correspondente da Academia Brasileira de Filologia, sediada no Rio de Janeiro.