Maceió
município brasileiro e capital do Estado brasileiro de Alagoas / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Maceió é um município brasileiro, capital do estado de Alagoas, na Região Nordeste do país. Ocupa uma área de 509,320 km²,[5] estando distante 2 013 quilômetros de Brasília.[1] É o município mais populoso de Alagoas. Sua população é, de acordo com o Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 957 916 habitantes.[5] Integra, com outros dez municípios alagoanos, a Região Metropolitana de Maceió, totalizando cerca de 1,3 milhão de habitantes em 2015,[8] sendo o mais populoso de Alagoas, sendo o 5º maior do Nordeste e o 16º de todo o país.
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Município do Brasil | |||
Do topo, em sentido horário: vista panorâmica da cidade; Farol da Ponta Verde; Maceió ao pôr do sol; orla de Maceió; vista da cidade à noite e altar da Catedral Metropolitana de Maceió. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | maceioense | ||
Localização | |||
Localização de Maceió em Alagoas | |||
Localização de Maceió no Brasil | |||
Mapa de Maceió | |||
Coordenadas | 9° 39' 57" S 35° 44' 06" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Alagoas | ||
Região metropolitana | Maceió | ||
Municípios limítrofes | Ao Norte: Barra de Santo Antônio, Paripueira e São Luís do Quitunde; Ao Sul: Barra de São Miguel e Marechal Deodoro; Ao Leste: Oceano Atlântico; Ao Oeste: Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco. | ||
Distância até a capital | 2 013 km[1] | ||
História | |||
Fundação | 5 de agosto de 1591 (432 anos)[2][3] | ||
Emancipação | 5 de dezembro de 1815 (208 anos) — de Santa Maria Madalena de Alagoas do Sul[4][3] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | João Henrique Caldas (PL, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [5] | 509,320 km² | ||
População total (Censo de 2022) [5] | 957 916 hab. | ||
• Posição | AL: 1° | ||
Densidade | 1 880,8 hab./km² | ||
Clima | tropical (As) | ||
Altitude | 7 a 300 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[6]) | 0,721 — alto | ||
• Posição | AL: 1º | ||
PIB (IBGE/2020[7]) | R$ 27 484 016,31 mil | ||
• Posição | BR: 44º | ||
PIB per capita (IBGE/2021[7]) | R$ 26 642,20 | ||
Sítio | www.maceio.al.gov.br (Prefeitura) www.maceio.al.leg.br (Câmara) |
A cidade tem uma temperatura média anual de 26 a 30 graus centígrados. Na vegetação original do município, pode-se observar a presença de herbáceas (gramíneas) e arbustivas (poucas árvores e espaçadas). Com uma taxa de urbanização da ordem de 99,75 por cento, seu Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,721, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o primeiro do estado.
Faz divisa com cidades como São Luís do Quitunde, Rio Largo, Satuba, Marechal Deodoro, Paripueira entre outras às quais é ligada pelas BR-101, BR-104, BR-316 e AL 101, Maceió é a principal cidade do estado e, atualmente, vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura, sendo uma cidade considerada capital regional A, segundo a hierarquia urbana do Brasil. É o maior produtor brasileiro de sal-gema. Seu setor industrial diversificado é composto de indústrias químicas, açucareiras e de álcool, de cimento e alimentícias. Possui agricultura, pecuária e extração de gás natural e petróleo. Possui o maior produto interno bruto do estado, 27 484 016 310 reais: o 44º maior do Brasil.
As festividades realizadas na cidade anualmente atraem uma enorme quantidade de turistas. Podem ser citados o São João Massayó (antigo Maceió Forró e Folia), Verão Massayó (antigo Maceió Verão) e o extinto evento carnavalesco Maceió Fest,[9] além de suas festas de natal e réveillons como o Réveillon Absoluto, o Réveillon Paradise, Allure e o Réveillon Celebration.[10] Conta com importantes monumentos, museus, como o Mirante da Sereia, o Memorial Gogó da Ema, o Memorial Teotônio Vilela, o Memorial à República, o Museu Palácio Floriano Peixoto, o Museu Théo Brandão, o Teatro Deodoro. Foi desmembrada em 1839 da antiga Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, atual cidade de Marechal Deodoro. Sempre conhecida como "Cidade-Sorriso" e "Paraíso das Águas", hoje é considerada como o "Caribe Brasileiro", devido às suas belezas naturais, que atraem turistas de todo o mundo.
O nome "Maceió" tem origem no termo tupi maçayó ou maçaio-k, que significa "o que tapa o alagadiço".[11] O Dicionário Aurélio diz que o termo "maceió" designa uma lagoa temporária e cíclica que se localiza na beira do mar na foz de um curso de água pequeno o suficiente para ser interrompido por uma barra de silicato até que a maré alta abra o caminho temporariamente de modo cíclico relacionado a estação do ano, vazão do rio, estações lunares, etc.[12]
Período pré-colonial e colonial
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região da atual cidade de Maceió foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, esta era ocupada por um desses povos tupis: o dos caetés.[13]
No século XVII, início da colonização portuguesa, navios portugueses atracavam onde hoje se localiza o porto do bairro do Jaraguá, local em que eram carregadas madeiras das florestas litorâneas. O porto também serviu, mais tarde, para o embarque de açúcar produzido pelos engenhos locais. Antes de sua fundação em 1609, Manoel Antônio Duro morou onde hoje é o bairro de Pajuçara, recebendo, do alcaide-mor de Santa Maria Madalena, Diego Soares, uma sesmaria.
Em 1673, as terras mudaram de dono. O rei de Portugal determinou ao Visconde de Barbacena a construção de um forte no bairro do Jaraguá. Com isso, houve um grande desenvolvimento na região e o pequeno povoado recebeu uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, hoje padroeira da cidade.[11]
Século XIX
A vila de Maceió foi desmembrada no dia 5 de dezembro de 1815 da então Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, ou simplesmente Vila de Alagoas, atual cidade de Marechal Deodoro. Em 9 de dezembro de 1839, deu-se a elevação à condição de cidade, principalmente por causa do desenvolvimento advindo da operação do porto de Jaraguá, um porto natural que facilitava o atracamento de embarcações, por onde eram exportados açúcar, tabaco, coco e especiarias. Em 16 de dezembro de 1839, é inaugurado o município de Maceió, sendo seu primeiro intendente Augustinho da Silva Neves.
Com a emancipação política de Alagoas, em 1817, o novo governador da capitania, Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, iniciou a transferência da capital para a cidade de Maceió, mas houve resistência dos homens da câmara e homens públicos. Após a vila ser agraciada com o simbólico ato de transferência do baú do Tesouro da Província, cuja iniciativa partiu do ouvidor Batalha, dado o contínuo processo de desenvolvimento do local, Maceió veio a se tornar a capital da Província das Alagoas, especificamente em 9 de dezembro de 1839, mediante a edição da Resolução Legislativa nº 11. No dia 16 de dezembro de 1839, expedições militares dos estados de Pernambuco e Bahia foram para Maceió para garantir a ordem e para a transferência do governo para a cidade.[14]
Mas, com a mudança da capital, Maceió foi invadida no dia 4 de outubro de 1844 por tropas guerrilheiras comandadas por José Thomaz da Costa, pelo padre Calheiros e pelo advogado Lúcio, da Vila do Norte. Sousa Franco, então presidente da província, contra-atacou com tropas da nova capital. No dia 5 de outubro de 1844, outras tropas atacaram a capital. As tropas guerrilheiras invadiram as ruas da cidade e fizeram exigências ao presidente, que não aceitou as reivindicações. O contra-ataque fez com que as tropas invasoras recuassem. O recuo das tropas cabanas fez com que Vicente de Paula assumisse o comando das tropas cabanas. Novos contingentes de cabanos voltaram a atacar Maceió no dia 21 de outubro de 1844 às 7:00. As tropas invadiram o consulado britânico e prendem o vice-cônsul Diogo Burnett. O ataque teve repercussão até na capital do império. O escândalo da invasão do consulado fez com que o major Sérgio Tertuliano viesse de Pernambuco para reforçar as defesas de Maceió. Um relatório do major sobre o conflito foi feito. Ele mostrou o pânico da população e o bloqueio das entradas da cidade. Um novo contra-ataque fez com que as tropas cabanas fossem derrotadas e que os principais líderes cabanos fossem mortos.[15]
Século XX
Ocorreu no dia 1 de fevereiro de 1912 a Quebra de Xangô, que também possui outros nomes, como "Dia do Quebra" e "Quebra-quebra". Muitos historiadores e estudiosos preferem chamá-la de "Quebra de 1912". Consistiu na destruição de todas as casas de culto afro-brasileiro existentes na capital. As referências historiográficas sobre o fato estão nos artigos publicados na seção "Bruxaria", de Oséas Rosas, no já extinto Jornal de Alagoas. Terreiros foram invadidos e objetos sagrados foram retirados e queimados em praça pública; pais e mães de santo foram espancados publicamente.
Não se sabe ao certo o número de terreiros destruídos, pessoas assassinadas ou os responsáveis pelo fato. O movimento foi insuflado pela Liga dos Republicanos Combatentes, que era uma entidade civil que cometia atos ilegais, como invasão a casas oficiais, tiroteios, intimidações.
Na década de 1930, a cidade chamou a atenção pelo grande movimento literário, com a participação de José Lins do Rego, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos entre outros.
Depois disso, Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político, iniciando uma nova fase no comércio e a industrialização. Na década de 1950, foi construído, na praia da Pajuçara, o Iate Clube Pajussara, um clube de recreio e de treinamentos náuticos. Um dos sócios-fundadores deste clube foi um dos mais renomados professores do estado, Odorico Maciel. Nele, os alagoanos faziam bailes de formatura, bailes carnavalescos e diversas festas e encontros da elite alagoana.
O fato estava ligado a um momento em que a oposição, liderada por Fernandes Lima, tenta derrubar, do poder, a estabelecida e consolidada oligarquia Malta.[16][17]
Em 17 de julho de 1997, milhares de servidores públicos protestaram contra a desvalorização dos trabalhadores ao então governador Divaldo Suruagy. Eles reivindicavam melhoria nas condições de trabalho nas repartições públicas e o pagamento do salário atrasado. Desesperados, muitos servidores cometeram suicídio depois de seis meses sem receber salário. Militares e civis se uniram em um combate armado nas proximidades da Assembleia Legislativa de Alagoas, que estava protegida pelas tropas do Exército. Houve quebra-quebra nas ruas e, finalmente, aconteceu a queda do governador Suruagy; o fato ficou conhecido como "A queda de Suruagy".[18]
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[19] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Maceió.[20] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Maceió, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Leste Alagoano.[21]
O município de Maceió estende-se entre os paralelos 09°21’31” e 09°42’49” de latitude sul e os meridianos 35°33’56” e 35°38’36” de longitude oeste, ocupando uma área de aproximadamente 511 km², o que corresponde a 1,76% do território alagoano. Capital do estado de Alagoas, Maceió limita-se: ao norte com os municípios de Paripueira, Barra de Santo Antônio, São Luís do Quitunde, Flexeiras e Messias; ao sul, com o município de Marechal Deodoro e Oceano Atlântico; a oeste faz fronteira com Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco; a leste, com o Oceano Atlântico.
Os cursos d'água que drenam o município apresentam-se perenes, com direcionamento consequente de extensão aproximada de 12 quilômetros.[22] Suas principais cabeceiras localizam-se na serra da Saudinha (rios Meirim, Saúde e Prataji), nos tabuleiros (riachos Reginaldo, Jacarecica, Doce e o rio Sauaçuí), alguns próximos à área urbana do município, nas proximidades dos conjuntos residenciais Henrique Equelman, Moacir Andrade e do Parque Residencial Benedito Bentes I e II.
Maceió possui um arquipélago formado por nove ilhas, sendo elas: Irineu, Almirante, Bora Bora, Fogo, Um Coqueiro Só, Santa Rita, Santa Marta, Cabras e Andorinhas. Essas ilhas foram formadas por sedimentos deixados pelo Rio Mundaú e Rio Paraíba do Meio e que se acumularam, formando o arquipélago.[23]
Meio ambiente
Maceió é uma cidade relativamente arborizada, possuindo áreas com muitas e com poucas árvores. O Parque Municipal de Maceió, uma reserva florestal entre os bairros do Bebedouro, Tabuleiro do Martins e Petrópolis com cerca de 82 hectares de área dentro da cidade. Lá, várias espécies de árvores e animais da mata atlântica podem ser encontrados. Existem vários outros parques florestais espalhados por toda a cidade, como o Cinturão Verde no Pontal da Barra e a Reserva florestal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no bairro da Gruta de Lourdes.
Já com relação às piscinas naturais, há algum tempo atrás, havia muito lixo gerado pelos barcos-restaurantes, que serviam comida nas piscinas naturais. Denúncias anônimas diziam que os funcionários jogavam o lixo diretamente no mar, além do óleo da fritura utilizado. Os banhistas também contribuíam, pois jogavam seu lixo no mar também. Era muito comum achar sacolas plásticas e latas de cerveja na água. Mas, depois dessas denúncias, os governos municipal e estadual proibiram os barcos-restaurantes e declararam que um banhista flagrado jogando lixo no mar seria multado por crime contra o meio ambiente. Nas piscinas naturais maceioenses, vivem vários tipos de peixes, esponjas e crustáceos. Também já foram encontrados moluscos, mas é muito raro encontrá-los por causa da poluição.
Clima
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Maceió por meses (INMET, 1931-presente)[24][25] | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 100,1 mm | 31/01/1966 | Julho | 185,6 mm | 12/07/1989 |
Fevereiro | 152,2 mm | 20/02/1985 | Agosto | 141,5 mm | 01/08/2000 |
Março | 148,1 mm | 02/03/2009 | Setembro | 127,3 mm | 07/09/1944 |
Abril | 184 mm | 26/04/1982 | Outubro | 97,4 mm | 13/10/2013 |
Maio | 316,3 mm | 19/05/1949 | Novembro | 140,4 mm | 22/11/1986 |
Junho | 187,8 mm | 05/06/2010 | Dezembro | 89,2 mm | 25/12/1989 |
Maceió apresenta clima quente e úmido, que, segundo a classificação climática de Köppen, corresponde ao tipo As', caracterizando-se por apresentar-se sem grandes diferenciações térmicas, e precipitação concentrada no outono e inverno, especialmente entre abril e agosto, sendo maio e junho os meses de maior precipitação.
As temperaturas médias mensais oscilam em torno de 25 °C. A máxima mensal atinge 29 °C e a mínima 22 °C. A umidade relativa do ar é, em média, de 78%. No verão, a máxima atinge 30 °C, podendo subir ate 35 °C nos dias mais quentes, e as mínimas de 22 °C. No inverno, a máxima é de 27 °C, tendo alguns dias onde a temperatura não passa dos 23 °C. Já a mínima é de 21 °C, também com dias em que pode chegar a 17 °C na madrugada.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1931 a temperatura mínima absoluta registrada em Maceió foi de 15 °C em 2005, nos dias 31 de julho e 10 de agosto, e a maior atingiu 35,8 °C em 24 de março de 2019. O recorde de precipitação em 24 horas no Brasil é de 316,3 mm em 19 de maio de 1949, seguido por 187,8 mm em 5 de junho de 2010, 185,6 mm em 12 de julho de 1989, 184 mm em 26 de abril de 1982, 180,7 mm em 1º de junho de 2004, 173 mm nos dias 30 de maio de 2016 e 27 de maio de 2017, 155,4 mm em 22 de abril de 2018, 155,2 mm em 27 de maio de 2009, 152,2 mm em 20 de fevereiro de 1985 e 151,7 mm em 24 de junho de 1948.[24][25]
Dados climatológicos para Maceió | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 35,9 | 34,9 | 35,8 | 35,6 | 34,4 | 32,2 | 31,1 | 31,8 | 33,4 | 35,5 | 34,6 | 35,4 | 35,8 |
Temperatura máxima média (°C) | 31 | 31,4 | 31,5 | 30,6 | 29,5 | 28,3 | 27,6 | 27,6 | 28,4 | 29,9 | 30,8 | 31,2 | 29,8 |
Temperatura média compensada (°C) | 26 | 26,2 | 26,5 | 26 | 25,1 | 24,1 | 23,5 | 23,5 | 24,1 | 25,1 | 25,6 | 26 | 25,1 |
Temperatura mínima média (°C) | 21,4 | 21,8 | 22,1 | 21,8 | 21,2 | 20,3 | 19,7 | 19,7 | 19,9 | 20,3 | 21,9 | 21,2 | 20,9 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 17,9 | 17,8 | 16,4 | 17,8 | 17 | 16 | 15 | 15 | 15,8 | 17 | 17,4 | 17,9 | 15 |
Precipitação (mm) | 91,2 | 80,2 | 101,3 | 194,3 | 294,7 | 322,8 | 270,9 | 191,5 | 109,2 | 70,2 | 45,1 | 36,7 | 1 808,1 |
Umidade relativa compensada (%) | 75,9 | 74,2 | 74,9 | 77,8 | 81,1 | 82,6 | 82,8 | 81,9 | 78,7 | 76,1 | 74,1 | 73,9 | 77,8 |
Horas de sol | 241,4 | 218,6 | 209,6 | 202,5 | 198,5 | 162,8 | 169,2 | 180,6 | 190,2 | 220,4 | 247,9 | 257,5 | 2 499,2 |
Fonte: INMET (normal climatológica de 1981-2010; precipitação: 1991-2020;[26] recordes de temperatura: 1931-presente)[24][25] |
Crescimento populacional | |||
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Censo | Pop. | %± | |
1872 | 27 703 | ||
1890 | 31 498 | 13,7% | |
1900 | 36 427 | 15,6% | |
1920 | 74 166 | 103,6% | |
1940 | 90 253 | 21,7% | |
1950 | 120 980 | 34,0% | |
1960 | 170 134 | 40,6% | |
1970 | 269 415 | 58,4% | |
1980 | 409 191 | 51,9% | |
1991 | 628 241 | 53,5% | |
2000 | 796 842 | 26,8% | |
2010 | 932 748 | 17,1% | |
2022 | 957 916 | 2,7% | |
No censo demográfico de 2022 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município era de 957 916 habitantes, apresentando uma densidade populacional de 1 880,77 hab./km².[29]
Segundo o World Gazetteer, Maceió ocupa a posição número 400º entre as cidades mais populosas do mundo.[30] As taxas de incremento médio anual da população foram de 2,70 por cento (2000-2006) e 2,45 por cento (1991-2000) na cidade, 2,60 por cento (2000-2006) e 2,38 por cento (1991-2000) na região metropolitana - o que indica, de modo geral, uma queda na taxa de crescimento dos demais municípios.[31]
De acordo com dados de 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da cidade de Maceió é de 0,721 (alto), enquanto o do Brasil é de 0,727; o índice da educação é de 0,635 (médio), já o do Brasil é 0,637; o índice da longevidade é de 0,799 (o brasileiro é 0,816); e o de renda é de 0,739 (assim como o do Brasil). A renda per capita anual é de 9 510,48 reais.[6] O coeficiente de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de 0,68 (2000), sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 38,8. Segundo o censo de 2000, a taxa de urbanização da cidade de Maceió é de 99,75 por cento, o uso de energia elétrica é de 99,7 por cento, água encanada 90,7 por cento e coleta de lixo cerca de 93,6 por cento. A taxa de analfabetismo teve uma queda: de 24,3 por cento em 1991, passou para 18,8 por cento em 2000. A esperança de vida subiu de 63,0 por cento em 1991 para 65,0 por cento na virada do século.[32]
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem cerca de 274 059 domicílios particulares permanentes em Maceió: 213 139 são casas, 203 565 possuem abastecimento de água. Em média, 19 443 são vilas ou condomínio, 40 203 são apartamentos e 1 274 cortiços.[33]
Religião
Religião em Maceió (2009) | ||||
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Catolicismo romano | 63,92% | |||
Pentecostais | 11,84% | |||
Sem religião | 11,31% | |||
Evangélicas | 7,27% | |||
Outras | 4,47% | |||
Afro-brasileira | 0,08% | |||
Orientais | 0,05% |
Há uma grande variedade de cultos: budistas, espíritas e muitas denominações cristãs divididas entre protestantes, evangélicos e católicos, além de testemunhas de Jeová, Mórmons e Adventistas. Não obstante a diversidade de credos, há predomínio do catolicismo. De acordo com os dados do Novo Mapa das Religiões, feito pela Fundação Getúlio Vargas com dados de 2009 da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 63,92 por cento da população de Maceió se identifica como católica; 11,84 por cento como evangélicos pentecostais; 7,27 por cento outras denominações evangélicas; sem religião (podendo ser ateus, agnósticos, deístas) 11,31 por cento; espíritas 0,95 por cento; afro-brasileiras 0,08 por cento; orientais ou asiáticas 0,05 por cento; outras 4,47 por cento.
A Igreja Católica possui diversas igrejas na cidade, sendo as principais a Catedral Metropolitana de Maceió, a Igreja de Nossa Senhora do Ó em Ipioca, a segunda mais antiga de Alagoas, a Igreja de Nossa Senhora dos Rosários Pretos, a Igreja de São Gonçalo do Amarante, a Igreja de Nossa Senhora do Livramento, a Igreja do Nosso Senhor Bom Jesus dos Martírios, a Igreja de Nossa Senhora Mãe do Povo, a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, a Paróquia de São Paulo Apóstolo, Paróquia Nossa Senhora das Dores e a Paróquia Universitária de Santa Teresinha, doutora da Igreja.[34]
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Entre elas estão: Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Igreja Adventista do Sétimo Dia, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Cristã Maranata, Igrejas Batistas, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Adventista do Sétimo Dia, Igreja Mundial do Poder de Deus, entre outras. Na cidade existem também cristãos de várias outras denominações, tais como as Testemunhas de Jeová e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (também conhecida como Igreja Mórmon) e espíritas. Igrejas e templos não cristãos também se destacam em Maceió, como: Seicho-no-ie,[35] terreiros, cultos xintoístas, budistas, entre outros.[36]
Região metropolitana
A Região Metropolitana de Maceió foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 18 de 19 de novembro de 1998, compreendendo os municípios de Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Messias, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte e Paripueira, que, juntos, possuem uma população de 1 156 278 habitantes segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010.
Sua área de influência inclui todo o território de Alagoas, o norte de Sergipe e partes do sul de Pernambuco. Atualmente, a maior dificuldade das autoridades é integrar o transporte público na região metropolitana, seja por meio lacustre, rodoviário e/ou ferroviário. Em 2010, a RM de Maceió possuía um grau de urbanização de 97,8% e cerca de 37% da população estadual residia na RM. A população do município-núcleo da RM, Maceió, correspondia, em 2010, a 80,6% da população metropolitana. A taxa de crescimento da população da RM de Maceió, entre 2000 e 2010, foi de 1,57% ao ano.
Criminalidade
Maceió registrou uma redução de 37,7% de homicídios em 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. Com relação aos roubos de coletivos, Maceió fechou o ano com 13 ocorrências. Uma redução de 68,3% se comparado com o mesmo período de 2018, que registrou 41 assaltos. A capital de Alagoas registrou em 2015 a segunda maior redução de "Crimes Violentos Letais por 100 mil habitantes". Com esse resultado, Maceió sai do 2º para o 8º lugar no ranking das capitais mais violentas do Brasil. De acordo com estudos, Maceió é a capital brasileira com maior média de adolescentes assassinados no Brasil, segundo dados do Índice de Homicídios na Adolescência. Na capital, 6,03 jovens morrem em cada mil adolescentes entre 12 e 18 anos.[37]
Maceió, nos últimos anos, vem investindo na segurança. Em 2011, o Comando da Polícia Militar apresentou oficialmente o helicóptero que irá fazer o patrulhamento aéreo da cidade. Diariamente dará suporte na segurança a corredores bancários, periferia e supervisão da orla marítima entre a Barra de São Miguel no litoral sul e a Barra de Santo Antônio no litoral norte, local chamado de corredor Barra a Barra. Fabricado nos Estados Unidos, o helicóptero foi alugado pelo Estado à empresa Fly One.[38] A partir de 2019 a cidade passou a ser monitorada por câmeras de vigilância instaladas em áreas de grande movimento.[39]
Em Maceió, o Poder Executivo é representado pelo prefeito e gabinete de secretários, em conformidade ao modelo proposto pela Constituição Federal. A Lei Orgânica do Município e o atual Plano Diretor, porém, preceituam que a administração pública deve conferir à população ferramentas efetivas ao exercício da democracia participativa.
O Poder Legislativo é constituído pela câmara municipal, que é composta por 31 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[40] Cabe, à casa, elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Conquanto seja o poder de veto assegurado ao prefeito, o processo de votação das leis que se lhe opõem costuma gerar conflitos entre Executivo e Legislativo.
Até o início de 2007, a Prefeitura Municipal de Maceió funcionou à Rua Melo Moraes, no bairro do Centro, num prédio em estilo neoclássico construído em 1919 na administração do prefeito Leôncio Correa de Oliveira. Atualmente, a prefeitura está localizada na Rua Sá e Albuquerque, no tradicional bairro de Jaraguá, onde também atuam os órgãos e secretarias ligadas diretamente ao gabinete.[11] A Câmara de Vereadores também mudou de local em 2018, passando a ficar na Rua Sá e Albuquerque, num prédio alugado por R$ 55 mil por mês[41].
Relações internacionais
Em 13 de maio de 2009, as cidades de Maceió e Gwangju, na Coreia do Sul, assinaram o "Tratado de Cidades Amigas", visando à troca de conhecimento técnico nas áreas de esporte, turismo, educação, cultura, artes e gastronomia. O secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Luciano Cabral, foi homenageado como Cidadão Honorário da cidade de Gwangju, na Coreia do Sul.[42]
Maceió possui as seguintes cidades-irmãs: