Malasartes e o Duelo com a Morte
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Malasartes e o Duelo com a Morte | |
---|---|
![]() 2017 • cor • 107 min | |
Direção | Paulo Morelli |
Produção | Andrea Barata Ribeiro Bel Berlinck Paulo Morelli |
Coprodução | Globo Filmes O2 Filmes Universal Pictures |
Roteiro | Paulo Morelli |
Narração | Lima Duarte |
Elenco | Jesuíta Barbosa Isis Valverde Júlio Andrade Vera Holtz Leandro Hassum Augusto Madeira Milhem Cortaz |
Gênero | aventura comédia fantasia[1] |
Música | Beto Villares |
Direção de fotografia | Adrian Teijido |
Figurino | Verônica Julian |
Distribuição | Paris Filmes |
Lançamento | ![]() |
Idioma | português |
Malasartes e o Duelo com a Morte é um filme brasileiro de 2017, escrito e dirigido por Paulo Morelli. O filme é inspirado nas histórias de Pedro Malasartes, um personagem presente nos folclores português e brasileiro. Foi transformado em minissérie de três capítulos exibido pela Rede Globo em dezembro de 2017.[2]
Produção
Inicialmente o roteiro tinha sido escrito para um projeto de série de TV no fim dos anos 1980, mas que acabou engavetada por não existir a tecnologia necessária na época.[3] A história então se transformou num filme lançado em 2017.[1]
É o filme brasileiro com mais efeitos especiais da história, sendo que quase a metade dele foi feito com o auxílio de computação. Do orçamento total de R$ 9,5 milhões, cerca de R$ 4,5 milhões foram investidos em efeitos especiais.[4]
As filmagens só foram realizadas em 2015, entre Jaguariúna, interior de São Paulo, e os estúdios da produtora 02, na capital paulista. Foram necessários dois anos de pós-produção até o longa ficar pronto e envolveu mais de 100 profissionais.
Leandro Hassum e Vera Holtz interpretam, respectivamente, o assistente da Morte e uma bruxa que ajuda a tecer os “fios da vida”. Os personagens estão entre os que mais interagem com a computação gráfica no filme e protagonizaram trapalhadas no set com chroma key.
“O cenário escorregava muito. A gente precisava lutar muito e acertar os caminhos”, conta Holtz. “Em um primeiro momento, há uma dificuldade para se situar. Mas o ator rapidamente toma o cenário para ele a coisa começa a fluir”, diz Hassum.
Lançamento e Bilheteria
O longa foi lançado em 340 salas de cinema espalhadas pelo Brasil.
BILHETERIA NO BRASIL | |||
---|---|---|---|
Data | Ingressos | Total | |
11 a 13 de agosto de 2017 | 50.755 | 99.936 | |
18 a 20 de agosto de 2017 | 14.435 |
Sinopse
No interior do Brasil, o malandro Pedro Malasartes vive de pequenas trapaças e está sempre se safando das situações, mesmo as criadas por ele. Mas terá que enfrentar dois grandes inimigos: o temido Próspero, que fará de tudo para impedir que sua irmã Áurea namore um sujeito como ele, e a própria Morte encarnada, que quer tirar férias e enganar Malasartes. Ele ainda terá que lidar com a bruxa Cortadeira (responsável por tecer os fios da vida) e Esculápio, o atrapalhado assistente da Morte. Agora, com personagens deste e do outro mundo se unindo contra ele, Malasartes terá que usar de toda a sua esperteza para sair ileso dessa confusão.
Elenco
- Jesuíta Barbosa como Pedro Malasartes
- Isis Valverde como Áurea
- Júlio Andrade como A Morte
- Leandro Hassum como Esculápio
- Vera Holtz como Parca Cortadeira
- Augusto Madeira como Zé Candinho (José Cândido Voltaire)
- Milhem Cortaz como Próspero
- Luciana Paes como Tecelã
- Julia Ianina como Fiandeira
- Giovanna Gold como Mãe do Malasartes
- Titina Medeiros como Dona de casa (a "Muié" infiel do enganado)
- Filipe Vidal como Marido ingênuo (o enganado)
- Douglas Silva como Baco, o "Dono do Bar"
Recepção
Malasartes recebeu avaliações positivas dos críticos em geral.
Francisco Russo do Adoro Cinema diz
"Apesar da irregularidade nas idas e vindas entre os mundos real e fantástico, ainda assim Malasartes e o Duelo com a Morte é um filme divertido, que entrega bons momentos. Muito graças à qualidade do elenco, em especial a capacidade de Jesuíta Barbosa na alternância de expressões faciais em questão de segundos, o que ajuda bastante na composição deste personagem que, obrigatoriamente, precisa conciliar ingenuidade e esperteza. Como revés, há também um Leandro Hassum bastante infantilizado e um didatismo exagerado a partir da repetição do mantra em torno do tal duelo entre Malasates e a morte. Por mais que não tenha atingido todo o potencial possível, devido aos excessos visuais que resultaram em problemas de coesão, trata-se de um bom filme que, ainda por cima, comprova a possibilidade de um cinema comercial no Brasil baseado na cultura popular, sem ser dependente de nomes famosos da televisão ou do música."
Pablo R. Bazarello do CinePop diz
"Malasartes é um filme doce e inocente, que parece realmente não ter sido afetado pelas mazelas do mundo. Parece existir num universo à parte, sem mesmo fazer uso do teor mais ácido presente, por exemplo, na citada obra de Suassuna ou nos filmes iniciais dos Trapalhões (que somente com o tempo começaram a ficar mais politicamente corretos). Malasartes é ingenuidade pura, um filme mirado para toda a família, beirando o gênero infantil. Um filme para os tempos de hoje, no qual tranquilamente pode-se levar os filhos menores, sem restrições de idade. Os únicos trechos mais maliciosos presentes na persona do protagonista são as olhadas e a paquera que tenta com a morena que passa sempre nas horas erradas. Os efeitos especiais são um chamariz e parecem ser o carro chefe do filme. Sem dúvidas é uma conquista para o cinema nacional, poder criar pela primeira vez algo dentro dos moldes e impulsionar o cinema de gênero – com a possibilidade de algo assim ser utilizado em outros tipos de filme. Realmente impressiona, em especial a forma como o além mundo é retratado, com as velas que contam os anos de vida de cada pessoa na Terra."
Em forma de minissérie o ator Jesuíta Barbosa. foi bastante elogiado por internautas nas redes sociais por seu desempenho.
Audiência
Em seu primeiro dia de exibição na TV Aberta a minissérie marcou 28,2 pontos de audiência na Grande São Paulo. Sendo lider isolado de Audiência em todo Brasil. Um resultado 50% melhor do que o registrado pela série Cidade Proibida, que teve média de 19 pontos ao longo da temporada.
Data | Média |
---|---|
26/12/17 | 28.2 pontos |
27/12/17 | 29.1 pontos |
28/12/17 | 27.4 pontos |
Prêmios e Indicações
Ano | Prêmio | Categoria | Indicado | Resultado |
---|---|---|---|---|
2018 | 44º Festival SESC Melhores Filmes | Melhor Filme | Paulo Morelli | Pendente |
Melhor Direção | Pendente | |||
Melhor Roteiro | Pendente | |||
Melhor Ator | Jesuíta Barbosa | Pendente | ||
Júlio Andrade | Pendente | |||
Leandro Hassum | Pendente | |||
Melhor Atriz | Ísis Valverde | Pendente | ||
Melhor Fotografia | Adrian Teijido | Pendente |
Text is available under the CC BY-SA 4.0 license; additional terms may apply.
Images, videos and audio are available under their respective licenses.