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política brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Marília Valença Rocha Arraes de Alencar (Recife, 12 de abril de 1984) é uma advogada e política brasileira, filiada ao Solidariedade.[1] Foi deputada federal por Pernambuco entre 2019 e 2023.[2] É a vice-presidente da regional Nordeste do partido Solidariedade e principal opositora do governo do estado de Pernambuco pela gestão de Raquel Lyra.
Marília Arraes | |
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Marília Arraes | |
Deputada Federal por Pernambuco | |
Período | 1 de fevereiro de 2019 até 1 de fevereiro de 2023 |
Vereadora do Recife | |
Período | 1 de janeiro de 2009 até 31 de janeiro de 2019 |
Secretária de Juventude e Qualificação Profissional do Recife | |
Período | 1° de janeiro de 2013 até 4 de abril de 2014 |
Secretária de Juventude e Emprego de Pernambuco | |
Período | 1° de janeiro de 2007 até 6 de abril de 2008 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de abril de 1984 (40 anos)[1] Recife, PE |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco |
Filhos(as) | 3 |
Parentesco | Miguel Arraes (avô) Maria Arraes (irmã) |
Partido | PSB (2005-2016) PT (2016-2022) Solidariedade (2022-presente) |
Profissão | Advogada[1] |
É neta do também político Miguel Arraes.[3][4]
Filha da psicóloga Sônia Valença Rocha Arraes de Alencar e do administrador de empresas Marcos Arraes de Alencar, é neta do ex-governador Miguel Arraes. É também prima do ex-governador Eduardo Campos e da atriz Luisa Arraes. É sobrinha da ex-deputada e ex-ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e do cineasta Guel Arraes.
Por parte de mãe, é neta de um dos pioneiros em psiquiatria infantil no Brasil, Dr. Zaldo Rocha, que também é considerado um dos precursores da psicanálise no país.
Marília Arraes estudou no Colégio Marista São Luís, no Recife e, aos 17 anos, foi aprovada nos concorridos vestibulares de Direito, na Universidade Federal de Pernambuco, e de Administração de Empresas, na Universidade de Pernambuco. Cursou o primeiro período de Administração e formou-se em Direito, na UFPE, em 2007, aos 23 anos.
Foi casada com Luiz Felipe Câmara de Oliveira Pontes (Felipe Francismar) e, em 2015, deu à luz, no Recife, a Maria Isabel Arraes de Alencar Pontes. Atualmente é casada com André Cacau, ex-vereador do município de Salgueiro. Os dois são pais de Maria Bárbara, nascida em janeiro de 2022, e tiveram uma terceira filha, chamada Maria Magdalena, em março de 2023.[5]
Filiou-se ao PSB em 2005, partido que mais tarde presidiu. Durante o curso de direito, engajou-se no movimento estudantil, debatendo gênero e a pluralidade de direitos, além de trabalhar em projetos de melhorias para conservação do patrimônio da universidade.[4]
Entre 2007 e 2008 foi secretária de Juventude e Emprego de Pernambuco na gestão de Eduardo Campos.[4] Aos 24 anos foi eleita vereadora do Recife com 9 533 votos,[4] sendo a parlamentar mais jovem na 15ª legislatura. Durante o biênio 2009/2010, atuou como presidente da Comissão de Políticas Públicas da Juventude. Em 2011, tornou-se a primeira mulher a presidir a Comissão de Legislação e Justiça. Em 2012, foi de novo eleita vereadora com 8 841 votos. Logo após as eleições, assumiu a Secretaria Municipal de Juventude e Qualificação Profissional na gestão de Geraldo Júlio.[6]
Marília voltou à Câmara Municipal do Recife em abril de 2014. Mas, devido ao que ela considerou uma guinada à direita, renunciou à candidatura de deputada federal. Também denunciou interferência da cúpula do PSB na juventude do partido. Em julho do mesmo ano, Marília anunciou o apoio à candidatura da presidente da República Dilma Rousseff à reeleição. Desde agosto de 2014, a vereadora passou a atuar como oposição a gestão do executivo municipal comandada pelo PSB. Em fevereiro de 2016, oficializou sua desfiliação da legenda, alegando falta de democracia interna e mudança das convicções e ideologias do partido.
Logo em seguida Marília ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco, recebendo o abono pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a festa dos 36 anos do PT, no Rio de Janeiro. O ato de filiação aconteceu no dia 3 de março de 2016, na Câmara dos Vereadores do Recife.
Em outubro de 2016, Marília disputou novamente as eleições municipais para continuar ocupando a casa legislativa com um mandato ativo de fiscalização, concorrendo ao seu terceiro mandato. Foi eleita com 11 872 votos, uma das maiores votações da legislatura e uma das mais expressivas entre os parlamentares do PT nas regiões Nordeste, Norte, Sul e Centro-Oeste. Assumiu a liderança da bancada de oposição na Casa José Mariano. Marília esteve à frente do grupo de parlamentares e lideranças que coordenou toda a resistência contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Em 2018, foi convocada pela militância para disputar a pré-candidatura ao Governo do Estado. Chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, mas o projeto não foi efetivado em função de orientações nacionais do partido, que optou pela consolidação de uma aliança com outras legendas e o apoio à reeleição do então governador, Paulo Câmara (PSB).
Apoiada pela mesma militância e por inúmeros setores da sociedade civil, entrou na disputa por uma vaga na Câmara Federal. Venceu com uma expressiva votação com 193 108 mil votos — a segunda parlamentar federal mais votada no estado nas eleições de 2018. É a quarta mulher eleita deputada federal na história de Pernambuco.
Segundo a Revista Veja, Marília almejava uma candidatura ao governo de Pernambuco, pelo PT, mas os líderes locais do partido teriam optado por uma aliança com o Partido Socialista Brasileiro.[7] Em 25 de março de 2022 deixou o Partido dos Trabalhadores e se filiou ao Solidariedade.[8] e anunciou sua pré-candidatura ao Governo de Pernambuco[9] nas eleições de 2022. Seu nome foi aprovado na convenção estadual do partido em 31 de julho.[10]
Nas eleições estaduais em Pernambuco em 2022, obteve cerca de 1.175.651 votos, sendo a candidata mais votada em primeiro turno para o governo do Estado e se qualificando para um segundo turno contra Raquel Lyra, do PSDB.[11] Todavia, ela foi derrotada no segundo turno por Lyra, depois de ter conquistado apenas 2.190.264 votos.[12] É a primeira vez na história de Pernambuco em que duas mulheres vão para o segundo turno da disputa.
Ano | Eleição | Candidata a | Partido | Coligação | Votos | % | Resultado |
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2008 | Municipal de Recife | Vereadora | PSB | sem coligação proporcional | 9.533 | 1,12% | Eleita |
2012 | Municipal de Recife | Frente Popular do Recife para Vereador (PSB, PRB, PTB, PMDB, PSL, PSC, PSD, PCdoB) | 8.481 | 0,96% | Eleita | ||
2016 | Municipal de Recife | PT | Recife pela Democracia (PT, PRB, PTN, PTdoB, PTB) | 11.872 | 1,38% | Eleita | |
2018 | Estaduais de Pernambuco | Deputada Federal | sem coligação proporcional | 193.108 | 4,46% | Eleita | |
2020 | Municipal de Recife | Prefeita | Recife, Cidade da Gente (PT, PSOL, PTC, PMB) | 223.248 | 27,90%
(1º Turno) |
Não eleita | |
348.126 | 43,73%
(2º Turno) | ||||||
2022 | Estaduais de Pernambuco | Governadora | Solidariedade | Pernambuco na Veia (Solidariedade, Avante, PSD, Agir, PMN e PROS) | 1.175.651 | 23,97%
(1º Turno) |
Não eleita |
2.190.264 | 41,30%
(2º Turno) |
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