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Mary Kenneth Keller, mais conhecida como Irmã Mary Kenneth Keller, (Cleveland, 17 de dezembro de 1913 – Dubuque, 10 de janeiro de 1985), foi uma importante freira e cientista da computação. Em 7 de junho de 1965,[1][2][3] junto de Irving Tang da Universidade Washington em St. Louis, ela se tornou uma das primeiras doutoras na área em seu país.
Mary Kenneth Keller | |
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Conhecido(a) por | BASIC |
Nascimento | 17 de dezembro de 1913 Ohio, Estados Unidos |
Morte | 10 de janeiro de 1985 (72 anos) Dubuque, Iowa, Estados Unidos |
Residência | Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americana |
Instituições | Universidade Clarke (Iowa) |
Campo(s) | computação, matemática |
Tese | Inductive Inference on Computer Generated Patterns |
Keller ganhou a titulação na Universidade do Wisconsin-Madison.[4][5][6] Sua tese chama-se Inferência indutiva em padrões gerados por computador (Inductive Inference on Computer Generated Patterns).[6]
Nascida em Ohio por volta de 1913, Keller entrou para a ordem das Irmãs de Caridade da Bem-Aventurada Virgem Maria em 1932 e proferiu seus votos em 1940, tornando-se oficialmente freira. No ano de 1943, conquistou seu diploma de bacharelado em Ciência com ênfase em Matemática na Universidade DePaul, local no qual desenvolveu seu mestrado em Matemática e Física.[4]
Em 1958, Mary começou a trabalhar em uma oficina de ciência da computação, da Fundação Nacional de Ciência,[7] dos Estados Unidos, no Dartmouth College, um local predominantemente masculino na época, onde participou do desenvolvimento da linguagem de programação BASIC.[8][9] BASIC é um acrônimo para Beginner's All-purpose Symbolic Instruction Code; em português: Código de Instruções Simbólicas de Uso Geral para Principiantes.[4]
O BASIC é um meio de traduzir os códigos dos computadores de maneira mais direta e tem como propósito ampliar a programação de computadores em campos não matemáticos e científicos, o que permitiu que qualquer pessoa pudesse aprender a linguagem, se tornando mais acessível para a população.[4]
No ano de 1965, após finalizar seu doutorado, Mary fundou um departamento de ciências da computação na Universidade de Clarke em Iowa. Passou 20 anos de sua vida dedicando-se e apaixonando-se pelo potencial do que os computadores poderiam se tornar e visou aumentar o acesso e a informação, promovendo a educação. Hoje a Universidade Clarke tem o Centro de Serviços de Computação e Informação Keller, devido aos serviços por ela ofertados em telecomunicação e computação a alunos, funcionários e professores.[10][11] Existe também uma bolsa de estudos em Ciência da Computação em seu nome na mesma instituição.[12]
Irmã Keller defendeu a inclusão e o envolvimento de mulheres na ciência da computação, e contribuiu para a fundação da Association of Small Computer Users in Education (ASCUE). Seus quatro livros sobre computação e programação são referência na área.[13] Para ela, a computação trouxe uma explosão de informação e essa informação era inútil a menos que estivesse disponível. Ela acreditava que com a computação seria possível simular, mecanicamente, o processo cognitivo e assim investir em áreas como inteligência artificial. Acreditava na importância do ensino com o auxílio da tecnologia e em como a computação poderia ajudar os seres humanos a aprender.[14]
Irmã Mary Keller faleceu em 10 de janeiro de 1985, aos 71 anos.[15]
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