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Em homeopatia, memória da água refere-se à suposta capacidade da água reter propriedades de substâncias que nela estiveram diluídas, mas que não mais se encontram ali. A teoria foi publicada pelo imunologista Jacques Benveniste na revista científica Nature em 1988.[1] Este suposto efeito seria obtido por meio da dinamização, um processo em que as substâncias diluídas em água são agitadas vigorosamente (sucussão), utilizando técnica descritas em Farmacopeias para transferir a energia das substâncias para a água.[2]
A pesquisa publicada na Nature foi feita utilizando soluções diluídas dos anticorpos IgE e verificando se essas teriam o mesmo efeito de uma solução não diluída dos mesmos anticorpos sobre os basófilos. A equipe de Jacques Benveniste observou os mesmos efeitos,[3] mas tais resultados foram depois contestados pelos editores da revista devido à falta de reprodutibilidade, um princípio básico da ciência.[4]
Após a publicação na revista Nature, sua editoria mandou uma equipe para verificar se a equipe de Jacques Benveniste poderia reproduzir os resultados publicados. Os resultados foram reproduzidos, mas um dos pesquisadores da revista reparou que a equipe tinha o conhecimento de quais eram as soluções com anticorpos e quais eram as diluídas. Após tomarem medidas para que a equipe não tivesse tal conhecimento, não houve diferença dos resultados entre as soluções diluídas e não diluídas.[5]
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