Miguel IV, o Paflagônio
Imperador Bizantino (1034–1041) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Miguel IV, o Paflagónio (em grego: Μιχαήλ Δ' Παφλαγών; romaniz.:Mikhaēl IV Paphalgōn), (1010 – 10 de dezembro de 1041), foi imperador bizantino de 11 de abril de 1034 a 10 de dezembro de 1041.[1] Deveu a sua subida ao trono à imperatriz Zoé Porfirogênita, filha do imperador Constantino VIII e mulher de Romano III Argiro.[1]
Miguel IV | |
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Imperador e Autocrata dos Romanos | |
Histameno com efígie de Miguel IV | |
Reinado | 1034-1040 |
Antecessor(a) | Romano III Argiro |
Sucessor(a) | Miguel V, o Calafate |
Nascimento | 1010 |
Morte | 10 de dezembro de 1041 (31 anos) |
Miguel provinha de uma família de camponeses paflagónios, um dos quais, o paracemomeno João, o Eunuco veio a gerir os aposentos das mulheres no palácio imperial. João trouxe os seus irmãos mais novos para a corte e foi aí que a imperatriz Zoé se apaixonou por Miguel, que se tornou seu camareiro. Os dois provavelmente envenenaram o imperador Romano III e Zoé casou-se imediatamente com Miguel a 11 de abril de 1034. Miguel IV foi assim proclamado imperador e reinou conjuntamente com Zoé até à sua morte em 1041.
Miguel IV era bem parecido, inteligente e generoso, mas não tinha instrução e sofria e de epilepsia. Deixou por isso as responsabilidades governativas ao seu irmão João, que já era um ministro influente desde os tempos de Constantino VIII e de Romano III Argiro. As reformas que João efectuou no exército e no sistema financeiro fortaleceram sensivelmente o império, que suportou bem os ataques dos seus inimigos estrangeiros. Mas os aumentos nos impostos causaram descontentamento, quer entre os nobres quer entre o povo. O governo de João enfrentou diversas conspirações (em 1034, 1037, 1038 e 1040), uma das quais era liderada pela própria imperatriz Zoé. A última das conspirações envolveu o patrício Miguel Cerulário, que se tornou monge para salvar a vida e veio mais tarde a ser patriarca de Constantinopla.
Na fronteira oriental, a importante fortaleza de Edessa foi libertada de um cerco prolongado. No frente ocidental, os Muçulmanos foram expulsos da Sicília por Jorge Maniaces (que conduziu campanhas na ilha entre 1037 e 1040); mas uma expedição contra os Normandos na península Itálica foi derrotada e depois do regresso de Maniaces a Constantinopla a maior parte das conquistas na Sicília foi perdida (1041).