Modelo Mundell-Fleming
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O modelo Mundell-Fleming ou modelo IS-LM-BP, desenvolvido por Robert Mundell e pelo falecido Marcus Fleming, é uma extensão do modelo IS/LM aplicado a uma economia aberta com governo, por meio da introdução da curva BP (Balança de Pagamentos). O modelo trata da relação de curto prazo entre a taxa de câmbio real e e o produto Y da economia.
Foi desenvolvido nos anos subsequentes à década de 40, principalmente por James Meade e a Jacques J. Polak. Este modelo tem sido utilizado para argumentar que a macroeconomia não pode, simultaneamente, manter a taxa de câmbio fixa, livre fluxo de portfólios com o estrangeiro e política monetária ativa - conclusão: países que fazem uso de câmbio fixo não podem acionar a conta de crédito interno como forma de validar as operações de mercado aberto e disso os argentinos se aperceberam em 2001, quando o Banco Central não pode salvar o sistema financeiro do país por conta da âncora cambial. Só depois que o regime de câmbio fixo foi abandonado é que o sistema financeiro do país pode ser assistido pelo emprestador de última instância.
Este princípio é frequentemente chamado de trilema de Mundell-Fleming, ou ainda a "Tríade Impossível"; já comprovado por inúmeros estudos acadêmicos.
O Brasil, por exemplo, para fazer uso do sistema de metas de inflação deverá, obrigatoriamente, manter o câmbio flutuando (livre). De fato, o Sistema de Metas passou a ser utilizado depois de 1999, quando a âncora cambial foi abandonada.