Muhammad Yunus
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Muhammad Yunus (em bangladesh: মুহাম্মদ ইউনুস Muhammod Iunus; Chittagong, 28 de junho de 1940), é um economista e banqueiro bengali. Em 2006 foi laureado com o Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor (em Português, O banqueiro dos pobres). Pretende acabar com a pobreza através do banco que fundou, do qual é presidente e o governo de Bangladesh é o principal acionista, o Grameen Bank, que oferece ativamente microcrédito para milhões de famílias. Afirma que é impossível ter paz com pobreza.
Muhammad Yunus | |
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Przystanek Woodstock 2014 | |
Nascimento | 28 de junho de 1940 (83 anos) Chittagong |
Nacionalidade | Bengali |
Alma mater | Universidade de Daca, Universidade Vanderbilt |
Prêmios | Prêmio Mundial do transporte (1994), Nobel da Paz (2006) |
Campo(s) | Geografia |
É o terceiro de uma família de 14 filhos, dos quais 5 morreram nos primeiros anos.[1] Formou-se em Economia em Bangladesh, doutorou-se na Universidade Vanderbilt e foi professor na Universidade de Dhaka. Em 1976, constatou as dificuldades de pessoas carentes em obter empréstimos na aldeia de Jobra, num Bangladesh empobrecido e recém-separado do Paquistão. Por não poderem dar garantias, os bancos recusavam-lhes as pequenas quantias que permitiriam comprar materiais para trabalhar e vender, e os usuários taxavam os empréstimos com juros altos. Yunus acredita que todo ser humano possui instintos de sobrevivência e auto-preservação, uma prova disto são os milhões de pobres que existem no mundo, onde mesmo miseráveis, conseguem contornar ao máximo sua situação. Sendo assim, a forma mais efetiva de ajudar estas pessoas é incentivar o que elas já tem, seu instinto. Quando confere recursos para estas pessoas, por pouco que seja, consegue melhorar sua condição de vida utilizando-se do seu já senso de sobrevivência.
Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen, que empresta sem garantias nem papéis, sendo, sobretudo, procurado por mulheres: elas são 97% dos 6,6 milhões de beneficiários. A taxa de recuperação é de 98,85%. Em maio de 2011 renunciou à presidência do Banco Grameen.[2] Yunus era acusado de não ter respeitado as regras de nomeação do diretor-geral do banco, quando foi reconduzido no cargo em 2000. À luz das regras do Grameen Bank, Yunus devia ter sido nomeado com o acordo prévio do banco central do país.