Nicolae Ceaușescu
Líder comunista romeno de 1965 a 1989 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Nicolae Ceaușescu (Scornicești, 26 de janeiro de 1918 — Târgoviște, 25 de dezembro de 1989)[1][2] foi um político romeno que serviu como Secretário-geral do Partido Comunista do seu país de 1965 a 1989, servindo também, a partir de 1974, como Presidente da República Socialista da Romênia. Seu governo ditatorial foi derrubado como um resultado do que ficou conhecido como Revolução de Natal.
Nascido em 1918 na cidade de Scornicești, no condado de Olt, Ceaușescu se juntou, ainda na juventude, ao Partido Comunista Romeno. Foi subindo pelas patentes durante o governo socialista de Gheorghe Gheorghiu-Dej até que, quando este morreu, em 1965, Ceaușescu foi apontado seu sucessor como Secretário-Geral do Partido Comunista.[3]
Ao subir ao poder, se mostrando inicialmente como um moderado, ele aliviou a censura à imprensa e condenou a invasão da Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia com um discurso em 21 de agosto de 1968, que fez com que sua popularidade aumentasse. O período de estabilidade, contudo, foi breve; seu governo, com o passar dos anos, foi ficando cada vez mais autoritário e se tornou um dos mais ditatoriais do Leste Europeu. Sua polícia secreta, a Securitate, era responsável pela vigilância em massa e repressão política, acusada de abuso de direitos humanos. O regime de Ceaușescu acabou por censurar a imprensa e fechar jornais com viés de oposição, criando um dos aparelhamentos de segurança interna mais brutais do mundo na época. Eventualmente, a má gestão econômica levaria a um crescimento da dívida externa, colocando a economia romena num forte ciclo de recessão; em 1982, ele ordenou que quase todo o potencial agrícola e industrial produzido pelo país fosse exportado, com o objetivo de gerar renda adicional para pagar as dívidas da nação. Isso causou enormes escassezes de bens de subsistência, levando a subsequentes reduções nos índices de qualidade de vida, devido a falta de água, comida, petróleo e derivados, aquecimento, remédios, eletricidade e outras coisas. Para tentar aparentar estabilidade, o culto a personalidade ao redor de Ceaușescu foi aumentado exponencialmente, acompanhado por um deterioração das relações internacionais e falta de apoio externo.
A partir de dezembro de 1989, protestos antigoverno foram reportados em Timișoara. A resposta de Ceaușescu foi rápida e ele deu ordens para que as forças de segurança nacional reprimissem os protestantes, levando a muitas mortes. As notícias da repressão levaram a mais manifestações e revoltas populares contra a ditadura em várias cidades do país.[4] Os protestos eventualmente chegaram a Bucareste e a revolta generalizada viria a ser conhecida como Revolução Romena — se tornando a única derrubada violenta de um regime comunista durante as revoluções de 1989 pela Europa Oriental.[5] Ceaușescu e sua esposa, Elena, fugiram do sitiado palácio do governo e evadiram a capital num helicóptero militar, mas foram logo capturados por tropas do exército romeno que haviam passado para o lado dos revolucionários. Em 25 de dezembro, com o país mergulhando no caos, Ceaușescu e sua esposa foram rapidamente julgados por "sabotagem econômica e genocídio",[6] sendo então sumariamente executados por um pelotão de fuzilamento.[7] Ceaușescu foi sucedido no poder por Ion Iliescu, um dos líderes da Revolução.