O Crime do Padre Amaro
romance de um escritor português / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Crime do Padre Amaro é uma das obras do escritor português Eça de Queirós mais difundidas por todo o mundo. Trata-se de uma obra polêmica, que causou protestos da Igreja Católica, ao ser publicada em 1875, em Portugal.[1]
O Crime do Padre Amaro | |||||||
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Autor(es) | Eça de Queirós | ||||||
Idioma | português | ||||||
País | Portugal | ||||||
Gênero | Estética realista-naturalista | ||||||
Localização espacial | Leiria | ||||||
Editora | Livraria Chardron | ||||||
Lançamento | Porto, 1875 | ||||||
Páginas | 674 | ||||||
Cronologia | |||||||
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“Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria, que o pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O pároco era um homem sanguíneo e nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão dos comilões. Contavam-se histórias singulares da sua voracidade. O Carlos da Botica – que o detestava – costumava dizer, sempre que o via sair depois da sesta, com a face afogueada de sangue, muito enfartado:
– Lá vai a jiboia esmoer. Um dia estoura!
Com efeito estourou, depois de uma ceia de peixe – à hora em que defronte, na casa do doutor Godinho que fazia anos, se polcava com alarido. Ninguém o lamentou, e foi pouca gente ao seu enterro. Em geral não era estimado. (...)”
Esta obra é mais um documento humano e social do país e da sua época escrito com a maestria de Eça de Queirós. É também a primeira realização artística do realismo português.[2]