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nobre português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Pedro José de Alcântara António Luís Francisco Xavier Melchior de Meneses Noronha Coutinho, mas, que os antigos genealogistas chamam-no simplesmente como Pedro de Alcântara de Meneses Coutinho (9 de novembro de 1713 – 22 de fevereiro de 1799) e documentos da sua época se lhe referem apenas por Pedro José de Meneses ou Pedro José de Alcântara de Meneses, sem o Coutinho, 4.º marquês de Marialva (4 de Setembro de 1750), estribeiro-mor (9 de Abril de 1770),[1] conhecido pelo seu papel decisivo no aperfeiçoamento da Picaria Real e da Arte Equestre em Portugal na segunda metade do século XVIII.[2]
Pedro José de Alcântara de Meneses Noronha Coutinho | |
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Nascimento | 9 de novembro de 1713 |
Morte | 22 de fevereiro de 1799 |
Cidadania | Reino de Portugal |
Ocupação | treinador de equitação |
Título | Marquês de Marialva |
Foi Mestre de Picaria (Equitação) da Senhora Rainha D. Maria I, de Portugal, mãe de D. João VI.[3]
Senhor da Casa de sua Mãe. Foi senhor de Cantanhede, e 6.º Conde de Cantanhede. Por mercê do Rei D. José I, foi feito 4.º Marquês de Marialva. Gentil homem da câmara do dito Rei D. José I. Deputado da Junta dos três Estados.[3]
O escritor inglês William Beckford, que o conheceu pessoalmente de perto, a ele se refere muita vez em 1787 no vol. II do seu livro «Italy; with sketches of Spain and Portugal», e sempre com palavras de muito louvor e respeito.[1] Exaltou-lhe a urbanidade, o bom humor e o trato sempre afável, nele vendo um típico patriarca.[4]
Oliveira Martins, embora tenha tentado fazer dele uma descrição pouco edificante devido ao escritor ter ideias políticas liberais e jacobinas, diz que o Marquês era um "lendário cavaleiro" e o maior fidalgo da corte do tempo de D. Maria I. "Cortesão sempre em evidência, conseguiu manter o prestígio durante o consulado pombalino, apesar de ser pouco afeito às ideias do ministro. Reza a tradição que D. José I costumava dizer a Pombal: Proceda como julgar mais acertado com o resto da Nobreza mas guarde-se de intrometer com o Marialva".[4]
O escultor Machado de Castro, na sua notável Estátua equestre de D. José I, exposto no Terreiro do Paço, em Lisboa, recorreu ao estribeiro-mor da Casa Real para dar corpo à montada e, ao finalizá-lo, rasga-lhe enormes elogios e agradecimentos pelo resultado pois confessa que pouco entendia do assunto.[5]
Teve a ele dedicada a obra de Alphonse Grine de Prévile, "Ciência de Cavalaria que contém o juízo do homem de cavalo, ou o modo de ensinar os cavalos tanto para a guerra como para os festejos, para a pompa", e traduzida por João Borges Quaresma de Andrade.[6]
O já referido Beckford, contou que o palácio Marialva de Belém era um centro de reuniões de Lisboa de então, onde se acotovelavam músicos, poetas, toureiros, lacaios, macacos, anões, crianças de ambos os sexos fantasiosamente vestidos de anjinhos com asas cor-de-rosa. E que o outro seu palácio, o do Loreto, no Bairro Alto, desaparecera no Terramoto de 1755 que foi uma lástima pois abrigava muitas e importantes pinturas de Rubens e dos primitivos, ouro e prata, tapeçarias e tapetes persas de dezoito a vinte e dois metros de cumprimento.[4]
Era filho D. Diogo de Noronha, mestre de campo general da Província da Estremadura,[3] filho segundo dos 3.° Marqueses de Angeja, casado em 1712 com D. Joaquina Maria Madalena da Conceição de Meneses, 3.ª marquesa de Marialva,[7] filha herdeira de D. Pedro António de Meneses ( – 19 de Janeiro de 1711), 2.º marquês de Marialva.
Casou em 8 de janeiro de 1737 com D. Eugénia Assis Mascarenhas (6 de Setembro de 1722 – 27 de fevereiro de 1752[3]), filha primeira dos 13.° Condes de Óbidos,[8] D. Manuel Mascarenhas, meirinho mor do Reino, camarista do rei D. José, e sua primeira mulher D. Helena de Noronha.[3]
Teve os seguintes filhos:
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