Política da França
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Em termos políticos, a República Francesa é uma república democrática semipresidencialista regulamentada pela Constituição da Quinta República Francesa. A nação se autodeclara uma "República indivisível, laica, democrática e social" que preza pela separação de poderes e busca sustentar em seu território o legado dos Direitos humanos e os princípios de soberania nacional de acordo com o defendido anteriormente pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
O sistema político francês consiste em um poder executivo, um poder legislativo e um poder judiciário. O poder executivo é liderado pelo Presidente da República e pelo Governo que, por sua vez, é constituído pelo Primeiro-Ministro e seus ministros. O Primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente, sendo responsável perante o Parlamento da França e incumbido de formar um governo. Governo este que - incluindo o próprio primeiro-ministro - pode eventualmente ser revogado pela Assembleia Nacional Francesa, a câmara baixa do parlamento, por meio de uma "moção de censura"; tal sistema assegura que o governo encabeçado pelo primeiro-ministro seja sempre apoiado pela maioria da câmara baixa.
O Parlamento é formado pela Assembleia Nacional Francesa e pelo Senado da França e tem a incumbência de votar novos estatutos e leis e aprovar o plano orçamentário nacional. Os parlamentares regulamentam a ação do poder executivo por meio de comissões de inquérito regulares. A constitucionalidade destes estatutos é verificada pelo Conselho Constitucional, cujos membros são nomeados pelo Presidente da República, pelo Presidente da Assembleia Nacional e pelo Presidente do Senado.
O judiciário independente é baseado no sistema de direito civil que evoluiu do sistema de leis que formaram o Código Napoleônico no século XIX. O sistema judiciário francês é dividido em poder judicial (lidando com direito civil e direito penal) e o ramo administrativo (lidando com recursos sobre operações executivas), cada um com seu próprio tribunal de apelação independente: o Tribunal de Cassação para os tribunais judiciais e o Conselho de Estado (Conseil d'Etat) para os tribunais administrativos. O governo francês engloba vários órgãos e agências independentes que verificam eventuais abusos de poder.
Embora a França seja um Estado unitário, suas subdivisões administrativas – regiões, departamentos e comunas – possuem várias funções legais, e o governo nacional está proibido de interferir em suas operações normais. A França é membro-fundador da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que evoluiu posteriormente para a presente União Europeia. Como tal, a França transferiu parte de sua soberania para instituições europeias, conforme previsto em sua constituição. O governo francês, portanto, deve respeitar os tratados, diretivas e regulamentos europeus.