Ponte pênsil D. Maria II
antiga ponte pensil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Ponte Pênsil, oficialmente denominada Ponte D. Maria II, era uma ponte suspensa que ligava as duas margens do Rio Douro, entre a cidade do Porto e Vila Nova de Gaia, em Portugal.
Ponte pênsil D. Maria II | |
---|---|
Os dois pilares restantes e a casa da guarda | |
Nome oficial | D. Maria II |
Arquitetura e construção | |
Material | metálica, tabuleiro em madeira |
Estilo arquitetônico | Ponte pênsil |
Design | Stanislas Bigot (projecto) Claranges Lucotte & Cie (construtor) |
Início da construção | 2 de maio de 1841 |
Término da construção | 1842 |
Data de abertura | 17 de fevereiro de 1843 |
Data de demolição | 1887 |
Dimensões | |
Largura | 6 m |
Altura máxima | 10 m (acima do nível do rio) |
Maior pilar | 18 m |
Pedágio | entre 5 e 160 reis[1] |
Geografia | |
Via | estrada Lisboa/Porto |
Cruza | Rio Douro |
Localização | Porto e Vila Nova de Gaia, Portugal |
Coordenadas | 41° 8' 26.3" N 8° 36' 34.7" O |
A cerimónia de início da construção foi celebrada a 2 de maio de 1841,[2] para comemorar o aniversário da coroação de D. Maria II,[carece de fontes?] ainda que ficasse conhecida como Ponte Pênsil. A construção terminou em 1842, cerca de dois anos depois do início das obras.
Com pilares de cantaria de 18 metros de altura, 170,14 metros de comprimento e 6 de largura, era suportada por 8 cabos (4 de cada lado) constituídos por fios de ferro, transpondo a largura de 155 m do rio.[2] A ponte assegurava um melhoramento no tráfego entre as duas margens, substituindo a periclitante Ponte das Barcas.
A sua construção foi entregue à empresa francesa Claranges Lucotte & Cie, de propriedade do Conde Claranges Lucotte, inserindo-se no plano de construção da futura estrada que ligaria o Porto e Lisboa. O projecto foi da autoria do engenheiro Stanislas Bigot com a colaboração do engenheiro José Vitorino Damásio.[3] Os engenheiros Mellet e Amédée Carruette colaboraram durante a sua construção.[2][4]
Foi inaugurada sem qualquer solenidade a 17 de fevereiro de 1843,[5] durante a ocorrência de grandes cheias do Douro,[6] que obrigaram a desmontar com urgência a Ponte das Barcas.
Para testar a sua resistência suportou mais de 105 toneladas, peso esse constituído por cerca de 100 pipas de água.[carece de fontes?] Manteve-se em funcionamento durante cerca de 45 anos, até ser substituída pela Ponte Luís I, construída ao seu lado.
Em 1887, após a inauguração da ponte D. Luís, a ponte pênsil foi desmontada. Restam actualmente os pilares e as ruínas da casa da guarda militar que assegurava a ordem e o regulamento da ponte, assim como a cobrança de portagens para a sua travessia.