Processo de Kimberley
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Processo de Kimberley (Kimberley Process Certification Scheme, abreviadamente KPCS ou simplesmente KP) é um processo de certificação de origem de diamantes concebido para evitar a compra e venda de diamantes de sangue, isto é, procedentes de áreas de conflito, guerras civis e de abusos de direitos humanos.[1]
Foi criado em 2003 com o objetivo de evitar o financiamento de armas em países africanos em guerra civil. Em 2000, diversos países aceitaram o Processo Kimberley, comprometendo-se a só adquirir diamantes brutos certificados (com procedência confirmada por certificado oficial) e a recusar importações vindas de áreas de conflito. Foi uma importante tentativa de romper o vínculo entre o estímulo às guerras civis e a comercialização de recursos naturais valiosos.
No entanto, a efetividade do processo foi questionada por organizações como a Global Witness, que se retirou do esquema em 5 de dezembro de 2011, por considerar que o Processo Kimberley é falho e, de fato, não oferece reais garantias de que os diamantes vendidos no mercado não sejam provenientes de zonas de guerra.[2]