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O Processo de cassação da chapa Dilma–Temer foi um processo protocolado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que o autor pedia a cassação da chapa presidencial Dilma–Temer por supostas ilegalidades na campanha eleitoral.[1]
Cassação da chapa Dilma-Temer | |
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Dilma eleita em 2014, pela chapa Dilma-Temer. | |
Acusado | Dilma Rousseff e Michel Temer |
Proponentes | Partido da Social Democracia Brasileira |
Período | 18 de dezembro de 2014 a 9 de junho de 2017 |
Situação | Concluído pela absolvição da chapa em 9 de junho de 2017 Consequências: permanência de Michel Temer na Presidência da República e Dilma Rousseff apta a disputar cargos públicos. |
Acusações | Abuso de poder político e econômico |
Votações | |
Votação no plenário do Tribunal Superior Eleitoral | |
Placar | 3 votos favoráveis à condenação: Herman Benjamin (relator), Luiz Fux, Rosa Weber 4 votos contrários à condenação: Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Gilmar Mendes |
Resultado | Improcedência |
No parecer final da Procuradoria-Geral Eleitoral, em abril de 2017, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, afirmou que a campanha da chapa Dilma–Temer recebera cento e doze milhões de reais irregulares.[2]
Foi a primeira vez que a corte analisou um pedido de cassação contra um presidente da República.[3]
No dia 6 de junho de 2017, o TSE deu início ao julgamento, encerrado no dia 9 de junho de 2017, com a absolvição da chapa por quatro votos a três. O relator, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação, sendo acompanhado pelos ministros Luiz Fux e Rosa Weber. Votaram pela absolvição os ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira e o então presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que proferiu o voto de desempate.[4][5]
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no Tribunal Superior Eleitoral.[6] No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidente e do vice-presidente é julgada em conjunto.[6]
O TSE decidiu que havia indícios suficientes de ilegalidades para abrir um processo contra a chapa Dilma–Temer, em outubro de 2015. Desde então, ocorreu a fase de instrução do processo, a investigação e produção de provas. Foram ouvidas cinquenta e oito testemunhas e realizadas perícias em gráficas contratadas pela campanha, suspeitas de terem servido como meio de desvio de recursos. Deram depoimentos delatores que fizeram acordo com a Operação Lava Jato e integrantes da campanha petista, como o ex-ministro Edinho Silva, que atuou como tesoureiro da campanha. As acusações mais contundentes constam dos depoimentos de colaboração de executivos da Odebrecht (atual Novonor).[1]
No dia 28 de março de 2017, O relator da ação, ministro Herman Benjamin, encaminhou aos outros seis integrantes da Corte Eleitoral um relatório final com pouco mais de mil páginas que resume os principais pontos do processo.[7]
Em 30 de março de 2017, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação os diplomas de Dilma Rousseff e Michel Temer, eleitos, presidente e vice-presidente em 2014.[8] O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, pediu ao TSE que Dilma fosse declarada inelegível pelos próximos oito anos.[8] Os advogados de Dilma e de Temer negaram irregularidades. O caso foi analisado em quatro sessões do TSE.[9]
Em 6 de abril de 2017, o ex-ministro Guido Mantega depôs na sede do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. O depoimento de Guido Mantega foi solicitado ao relator do caso pela defesa de Dilma.[10]
O parecer final, assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino, no processo da chapa presidencial composta por Dilma Rousseff e Michel Temer, indica que a campanha recebeu pelo menos cento e doze milhões de reais em recursos irregulares na eleição de 2014.[2]
No dia 9 de junho de 2017, o ministro relator Herman Benjamin leu seu voto favorável à cassação da chapa Dilma–Temer. No mesmo dia, os outros seis ministros do TSE deram seus votos. O resultado foi de 4 votos votos pela absolvição contra 3 votos pela condenação, vencidos os ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber.[11]
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