Produção Gráfica Capitalista na Guerra Fria
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A produção gráfica capitalista na guerra fria foi uma área da propaganda política e ideológica largamente utilizada durante o momento de tensão geopolítica conhecido como guerra fria, que tinha como objetivo dialogar com o seu respectivo público-alvo - a própria população americana e os países aliados ao EUA. A linha de raciocínio era manter ou conquistar novos adeptos ao conjunto de ideias do capitalismo, como também defender o seu sistema e atacar intensamente o regime comunista.[1]
A Guerra Fria marcou a segunda metade do século XX. Com seu caráter de embate ideológico, mais do que estratégico-militar, impactou aspectos sociais que antes desse período pouco eram explorados e irrelevantes para muitos estudiosos. Desse modo os Estados Unidos desenvolveu estratégias narrativas nas quais defendia que o sistema capitalista era uma representação fiel da democracia e da liberdade, almejando propagá-la cada vez mais. Com isso ditou o ritmo da indústria cultural e levou diversas pessoas a olharem com maus olhos o sistema socialista, que de acordo com as propagandas estadunidenses configurava uma ameaça a sua liberdade.[2]
Os mais variados meios foram explorados, mas cabe ressaltar os alinhados com a produção gráfica da época: cartazes, folhetos, revistas, jornais, livros didáticos e histórias em quadrinhos. Os Estados Unidos utilizou bastante, nesse contexto, o caminho do entretenimento como mecanismo de propaganda política e ideológica. Um exemplo disso são as inúmeras histórias em quadrinhos que exibem heróis patriotas, enquanto os inimigos muitas vezes eram representados caracteristicamente como "vermelhos", fazendo alusão direta aos adeptos ao comunismo e socialismo - ideologia na qual a antiga URSS defendia veementemente.[3]