![cover image](https://wikiwandv2-19431.kxcdn.com/_next/image?url=https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d8/Protein_PROC_PDB_1aut.png/640px-Protein_PROC_PDB_1aut.png&w=640&q=50)
Proteína C
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Proteína C, também conhecida como autoprotrombina II-A e factor de coagulação sanguínea XIV,[1]:6822[2] é uma proteína zimogénica (inactiva), cuja forma activa desempenha um papel importante na regulação da coagulação do sangue, inflamação, morte celular e na manutenção da permeabilidade vascular das paredes dos vasos sanguíneos em humanos e em outros animais. A proteína C activada desempenha as funções atrás referidas principalmente através da inactivação proteolítica das proteínas denominadas factor Va e factor VIIIa. A proteína C activada é classificada como uma serina protease visto conter um resíduo de serina no seu sítio activo.[3]:35 Nos humanos, a proteína C é codificada pelo gene PROC, que está localizado no cromossoma 2.[4]
Proteína C | |||||
---|---|---|---|---|---|
Indicadores | |||||
Símbolos alt. | PROC, APC, PC, PROC1, THPH3, THPH4, proteína C, inactivador dos factores de coagulação Va e VIIIa | ||||
HUGO | 9451 | ||||
Entrez | 19123 | ||||
OMIM | 612283 | ||||
RefSeq | NM_000312 | ||||
UniProt | P04070 | ||||
Outros dados | |||||
Locus | Cr. 2 q14.3 | ||||
|
A forma zimógena da proteína C é uma glicoproteína dependente da vitamina K que circula no plasma sanguíneo. A sua estrutura é composta por duas cadeias polipeptídicas, chamadas leve e pesada, conectadas por uma ligação dissulfeto.[4]:4673 A proteína C zimógena é activada quando se une à trombina, outra proteína directamente implicada na coagulação, e a activação da proteína C é promovida em grande parte pela presença de trombomodulina e do receptor da proteína C endotelial (EPCR). Devido ao papel do EPCR, a proteína C activada encontra-se principalmente perto das células endoteliais (ou seja, as que formam as paredes dos vasos sanguíneos), e a proteína C afecta estas células e os leucócitos.[3]:34[5]:3162 Como a proteína C desempenha uma função crucial como anticoagulante, as pessoas com deficiências na proteína C ou com algum tipo de resistência à proteína C activada (APC), correm um risco significativamente maior de desenvolver coágulos perigosos (trombose).
As investigações sobre o uso clínico de uma forma recombinante da proteína C activada (rhAPC) chamada Drotrecogin alfa activada, comercializada como Xigris pela companhia Eli Lilly and Company, estiveram envolvidas por muita controvérsia. Eli Lilly fez uma agressiva campanha de mercadotecnia nos Estados Unidos para promover o seu uso em pessoas com sepse grave e choque séptico, e patrocinou em 2004 as Directrizes da Campanha para Sobreviver à Sepse (Surviving Sepsis Campaign Guidelines).[6] Porém, em 2012 publicou-se uma revisão Cochrane que identificou que o seu uso não podia ser recomendado, uma vez que não melhorava a sobrevivência e aumentava o risco de hemorragias.[7] Em outubro de 2011 Xigris foi retirada do mercado por Eli Lilly por se ter observado um maior índice de mortalidade em testes feitos em adultos.[8]