Pulsão de morte
conceito da psicanálise freudiana / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Pulsão de morte (em alemão: Todestrieb), também conhecida como Tânatos,[1][2] é um termo introduzido pelo psicanalista austríaco Sigmund Freud em 1920.[3]
Na teoria psicanalítica freudiana clássica, a pulsão de morte é a pulsão em direção à morte e à autodestruição. Foi originalmente proposta por Sabina Spielrein em seu artigo "Destruição como a causa do surgimento" (Die Destruktion als Ursache des Werdens)[4][5] em 1912, que foi então adotada por Sigmund Freud em 1920 na obra "Além do Princípio do Prazer". Este conceito foi traduzido como "oposição entre os instintos do ego ou da morte e os instintos sexuais ou de vida".[6] Em "Além do Princípio do Prazer", Freud usou o plural "pulsões de morte" (Todestriebe) com muito mais frequência do que no singular.[7]
A pulsão de morte se opõe a Eros, a tendência à sobrevivência, propagação, sexo e outras pulsões criativas e produtoras de vida. A pulsão de morte às vezes é chamada de "Thanatos" no pensamento pós-freudiano, complementando "Eros", embora esse termo não tenha sido usado no próprio trabalho de Freud, sendo introduzido por Wilhelm Stekel em 1909 e depois por Paul Federn no contexto atual.[8][9]
Na sua teoria das pulsões Sigmund Freud descreveu duas pulsões antagônicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e a pulsão de morte (Tânato) que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto segundo o princípio de conservação da vida. Como no exemplo de se alimentar, embora haja pulsão de vida presente - sendo a finalidade de se alimentar a manutenção da vida - ela implica-se à pulsão de morte, pois é necessário que se destrua o alimento antes de ingeri-lo. Aí presente um elemento agressivo, de segregação, este se articula à pulsão primeira, como sua necessária contraparte na função geral de conservação.