Raiva (doença)
Zoonose causada por um vírus / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A raiva (também conhecida, impropriamente, como hidrofobia[nota 1]), é uma doença infecciosa que afeta os mamíferos causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica e propaga.[2] Por ocorrer em animais e também afetar o ser humano, é considerada uma zoonose.[3]
Raiva | |
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Cão com o vírus da raiva | |
Especialidade | infecciologia, medicina veterinária |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A82 |
CID-9 | 071 |
CID-11 | 854762584 |
DiseasesDB | 11148 |
MedlinePlus | 001334 |
eMedicine | med/1374 |
MeSH | D011818 |
Leia o aviso médico |
A transmissão dá-se do animal infectado para o sadio através do contato da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões. Outros casos de transmissão registrados são pela via inalatória, pela placenta e aleitamento e, entre humanos, pelo transplante de córnea.[2][4] Infectando animais homeotérmicos, a raiva nas áreas urbanas tem como principal agente o cão, seguido pelo gato; em zonas silvestres, se dá principalmente por lobos, raposas, coiotes e nos morcegos hematófagos.[4] 80% dos casos registrados de animais infectados são carnívoros.[5]
Mesmo sendo controlada nos animais domésticos em várias partes do mundo, a raiva demanda atenção em razão dos animais silvestres. Na saúde pública gera grande despesa para seu controle e vigilância, mesmo nos locais onde é considerada erradicada ou sob controle, já que é uma doença fatal em todos os casos[2][3] que evoluem para a manifestação dos sintomas. Até 2006 apenas 6 casos de cura entre humanos foram registrados, dos quais 5 haviam recebido o tratamento vacinal pré e pós-exposição e somente um, em 2004, parece não haver recebido estes cuidados.[6] A este caso único de cura, uma adolescente de Milwaukee, ensejou a uma segunda cura, esta feita num hospital público do Recife, no Brasil.[7] Sua incidência é global, salvo em algumas áreas específicas em que é considerado erradicado, como a Antártida, Japão, Reino Unido, e outras ilhas.[4]